A trajetória de luta e as experiências agroecológicas do assentamento "14 de agosto" em Ariquemes- Rondônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Araújo, Maria Estélia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148003
Resumo: Esta dissertação discute as experiências agroecológicas e a vivência comum do “Grupo Coletivo 14 de Agosto”, situada no Assentamento 14 de Agosto, localizado no município de Ariquemes, em Rondônia. Parte do esforço da pesquisa direcionou-se para a reconstrução do processo histórico da luta social encampada por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciada em 1992 e que resultou na conquista do Assentamento 14 de Agosto no ano de 2009. A pesquisa também atentou para o processo de construção coletiva da terra e do trabalho, uma vez que o Grupo analisado fez a opção pela coletivização de diferentes esferas de sua vida social. A pesquisa buscou, ainda, conhecer os caminhos da experimentação da produção agroecológica adotados pelo Grupo, discutidos aqui como uma potente estratégia de permanência no campo, pautados pela produção de alimentos saudáveis e diversificados, em oposição aos desertos do agronegócio. Por sua vez, a pesquisa considerou também os limites e os desafios para que as tecnologias agroecológicas sejam acessíveis e viáveis aos camponeses. Tendo em vista o histórico de ocupação recente de Rondônia, pautado em políticas oficiais de colonização direcionadas pelo Estado e pela crescente ênfase política e econômica do agro e hidronegócio nesta localidade, esta pesquisa adquire sentido político ao destacar uma experiência alternativa que vem sendo gestada no interior da Amazônia por outrora migrantes indesejáveis e que hoje afirmam outras possibilidades de territorialização e cuidado com a floresta, diferente da terra arrasada das grandes propriedades. A metodologia consistiu em pesquisa participante, com a realização de observações, entrevistas semiestruturada e também recorreu às fotografias e à produção de um vídeo documentário como estratégias de pesquisa. Para esta pesquisa foram entrevistadas trinta e nove pessoas ligadas ao assentamento, além dos dirigentes do MST, CPT, MPA. Com base nestas reflexões a pesquisa foi realizada a partir do esforço de compreender as contradições existentes ao fazer a luta pela terra e ao buscar saídas que possibilitem uma vida melhor para o campo, apontando os desencontros e as conquistas.