Efeitos do midazolam oral ou da associação da s(+) ketamina oral ao midazolam oral como medicação pré-anestésica em crianças e adultos com transtorno do espectro autista submetidos à anestesia geral para assistência odontológica: ensaio clínico duplo-cego randomizado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Penna, Heber de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214466
Resumo: Assistência odontológica convencional é frequentemente impossível em autistas. Comportamentos não colaborativos; por certas vezes, até com presença de auto e heteroagressividade, corroboram para necessidade de medicações pré-anestésicas, cujo emprego contribui para não memorização de eventos negativos. Dados científicos são escassos a respeito da condução perioperatória em autistas; destarte, o objetivo primário desta pesquisa constituiu da comparação do grau de sedação entre dois grupos paralelos, duplamente encobertos, randomizados aleatoriamente para receber midazolam oral (0,5 mg.kg-1), máximo de 15 mg; ou midazolam oral (0,5 mg.kg-1) associado à s(+) ketamina oral (3 mg.kg-1), máximo de 300 mg. Sessenta e quatro pacientes autistas, em igual proporção para cada grupo, idade entre dois e 59 anos, submetidos à anestesia geral para assistência odontológica, compuseram a amostra. A análise dicotômica do grau de sedação Ramsay 1 e 2 versus Ramsay ≥ 3 demonstrou que a associação de s(+)ketamina e midazolam favoreceu o grau de sedação com aumento da probabilidade de Ramsay ≥ 3 (Risco Relativo = 3,2 / Intervalo de Confiança 95% = 1,32 a 7,76) quando comparado ao midazolam isolado. A associação facilitou ainda obtenção do acesso venoso com maior chance de execução sem necessidade de estabilização física do paciente (Risco Relativo = 2,05 / Intervalo de Confiança 95% = 1,14 a 3,68). Não houve diferenças entre os grupos quanto ao tempo do despertar e ocorrência de eventos adversos. Concluiu-se que a associação oral de s(+) ketamina ao midazolam proporciona índices de sedação pré-anestésicos mais satisfatórios do que com midazolam puro em autistas.