Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Bruno Júlio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202629
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Resumo: |
A região costeira do estado de São Paulo abriga diferentes ambientes costeiros como praias arenosas, costões rochosos, sistemas estuarinos entre outros ambientes altamente dinâmicos. A fim de estudar e monitorar estes ambientes este trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre a morfodinâmica da desembocadura do rio Itaguaré em Bertioga – SP e os invertebrados presentes na infauna dos bancos arenosos. Foram realizadas 22 campanhas entre abril de 2018 e julho de 2019. Para avaliar sua morfodinâmica foi realizado o monitoramento mensal com o uso de um drone para obtenção de fotografias aéreas, além da obtenção de dados sobre as ondas, ventos, marés e pluviosidade local. Para avaliar a biodiversidade da infauna foram feitos três perfis de 10 réplicas de 1 metro quadrado cada, onde realizamos a identificação dos organismos e contagem de suas galerias na superfície do substrato. Nos três perfis foram coletados sedimento para análise granulométrica e água para avaliar a salinidade, a fim de entender como estes parâmetros podem influenciar na distribuição e dinâmica das espécies. A partir das imagens obtidas foram gerados ortomosaicos georreferenciados da área de estudo. Integramos os resultados das análises granulométricas, densidade de galerias por metro quadrado, salinidade, e dos dados meteorológicos e oceanográficos, pudemos observar os processos que atuam na movimentação da desembocadura e na distribuição da biodiversidade. Foram encontrados os crustáceos Callichirus major e Leptuca spp., os poliquetas Diopatra cuprea e Scolelepis squamata e o molusco bivalve Tagelus plebeius. Pudemos observar um padrão sazonal de migração na desembocadura, onde houve permanência e deslocamento das barras para Oeste da praia nas estações próximas ao inverno e para Leste nas estações próximas ao Verão. Essa dinâmica foi o fator de maior influência na distribuição dos organismos encontrados, que são afetados pela movimentação da desembocadura em resposta as variações hidrodinâmicas local. Os padrões granulométricos mostraram ter grande influência na distribuição da biodiversidade. Em curta e média escala de tempo a desembocadura se apresentou altamente dinâmica em sua morfologia com grandes mudanças em seu processo meandrante, sendo possível o registro de processos de erosão e acressão sedimentar. Esses processos são responsáveis pelo aporte sedimentar na desembocadura que pode ser influenciada pelas taxas pluviométricas locais, aumentado a vazão do rio e o aporte de sedimentos fluviais. No perfil 1 e 3 notamos a maior presença dos poliquetas da família Spionidae associado a maior presença de lama, enquanto que no perfil 2 não tivemos grande ocorrência destes organismos por conta da maior quantidade de sedimentos arenosos. Os crustáceos do gênero Leptuca spp. foram encontrados em sua maioria nos pontos onde possuíam sedimentos arenosos, tendo baixa ocorrência em regiões de sedimentos arenolamosos. O entendimento das relações entre a biodiversidade e os processos que controlam sua distribuição no ambiente em que vivem é de grande importância para embasar políticas públicas de preservação e educação ambiental. |