Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Leite, Douglas Squizatto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253204
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Resumo: |
Introdução: Em 2020 após os primeiros casos de inflamação exacerbada associada ao vírus SARS-Cov-2 iniciaram-se os relatos de casos e séries de casos, com semelhança à Doença de Kawasaki. Com o objetivo de explorar as características sociodemográficas, clínicas, biomarcadores e desfecho, descrevemos uma série de casos incidentes da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIMP). Método: Um estudo observacional, prospectivo de pacientes consecutivos com SIMP, por critérios da OMS durante a rotina de atendimento em Reumatologia Pediátrica. Um protocolo abrangente com todas as manifestações multissistêmicas foi compilado. Os dados foram analisados com auxilio de um estatístico. Resultados: Foram avaliados 23 pacientes, sendo 21 com os critérios do CDC para SIMP e a média de idade 6,5 anos, predomínio em meninas. Os achados mais frequentes foram a febre em 21 (100%); manifestações cutâneas (exantema), em 19 (90,5%) pacientes; sintomas gastrointestinais em 15 (71,4%), sendo observado três casos em abdome agudo cirúrgico; e destes, 1 teve biopsia de linfonodo compatível com vasculopatia necrosante. Entre os casos com comorbidades (6) registraram-se 3 casos com Síndrome de Ativação Macrofágica (SAM) ou tempestade de citocinas, uma portadora de Artrite Idiopática Juvenil, relacionada à entesite evouluindo com Arterite de Takayasu do tipo V e hipertensão maligna. O tratamento da SIMP foi instituído, de acordo com as primeiras evidências, com Imunoglobulina intravenosa (IGIV) 2g/Kg/dose, e/ou pulso de metilprednisolona seguido por prednisona oral em doses altas. Não houve óbito, sequelas ou insuficiência respiratória, e o desfecho foi favorável na maioria dos casos. Conclusão: O protocolo padronizado de investigação e tratamento permitiu a condução de uma doença emergente e rara, com associações ainda mais raras com linfadenopatia e vasculopatia secundárias e sobreposição de vasculite sistêmica e doença autoimune pré-existente. Tendo em vista a gravidade potencial da SIMP, a pronta identificação, imunomodulação da tempestade de citocinas nesta série, propiciou evidências para tratamento e modelos de atendimento da SIMP. |