A automedicação e os entraves para a saúde pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vilaça, Beatriz Soares Ribeiro [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260957
https://lattes.cnpq.br/3949724314478331
https://orcid.org/0000-0003-4218-8796
Resumo: A automedicação, prática de utilizar medicamentos por conta própria, sem orientação médica e ou odontológica apresenta riscos inerentes à saúde como possíveis diagnósticos incorretos, mascaramento de doenças graves, desenvolvimento de resistência a medicamentos, interações adversas, reações indesejadas e até intoxicações, além de problemas para o sistema de saúde, devido ao aumento dos gastos, uma vez que, os medicamentos têm uma parcela representativa nos orçamentos públicos. O presente estudo foi divido em dois capítulos, tendo o primeiro capítulo o objetivo de caracterizar os fatores preditores para a prática da automedicação por meio de uma revisão integrativa. Realizou-se levantamentos bibliográficos nas bases de dados PubMed, Scielo, BVS e Web of Science, entre os anos de 2020 e 2024, incluindo artigos em inglês, português e espanhol. Dos 1.267 artigos encontrados, foram selecionados para este estudo dez artigos que atendiam aos critérios de inclusão. As características sociodemográficas, a acessibilidade às unidades de saúde e a influência da mídia destacam-se como determinantes para a automedicação. Além disso, fatores políticos, culturais e econômicos também contribuíram para o aumento dessa prática. Entre os principais preditores estão o nível de escolaridade mais alto, ser adulto jovem e do sexo feminino. No segundo capítulo objetivou-se analisar o conhecimento em saúde de adultos e idosos sobre a automedicação, bem como avaliar a prática e suas complicações clínicas. Para isso, um estudo observacional, transversal, quantitativo e analítico foi realizado na atenção primária à saúde em uma região do nordeste brasileiro por meio de um instrumento estruturado composto por 41 questões relacionadas à automedicação. Entre os 241 usuários entrevistados, 89% relataram que tomam medicamento por conta própria; 86% não tinham conhecimento sobre as complicações trazidas com a prática da automedicação. Concluiu-se que a prática da automedicação foi realizada pela grande maioria dos entrevistados e que compreender as variáveis que levam os indivíduos a se automedicarem possibilita o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes, adaptadas às necessidades específicas de diferentes grupos populacionais, promovendo assim uma prática mais segura e consciente do uso de medicamentos.