Automedicação em idosos e as propagandas de medicamentos isentos de prescrição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Istoe, Carolina Crespo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27617
http://dx.doi.org/10.22409/PPG-CAPS.2021.d.12327763789
Resumo: A automedicação é prevalente no dia a dia de toda a população, incluindo os idosos. Sua prática é influenciada por diferentes fontes, seja pelos amigos, familiares ou pelas propagandas disponíveis nas mídias. As propagandas de medicamentos isentos de prescrição se fazem presentes por mídias televisivas, rádios, sítios eletrônicos, revistas e até redes sociais digitais. Elas buscam incentivar o consumo de medicamentos, estimulando a automedicação. O objetivo deste trabalho foi correlacionar os medicamentos isentos de prescrição que mais apareceram na propaganda televisiva e mídia digital com os medicamentos mais utilizados e conhecidos dos idosos participantes de dois projetos com atividades voltadas para esta faixa etária no município de Niterói/RJ e em Campos dos Goytacazes/RJ. A metodologia foi dividida em 2 etapas, na primeira, as propagandas dos medicamentos isentos de prescrição transmitidas nos canais abertos foram gravadas e avaliadas por meio de tabela, segundo a RDC 96/98 e foi verificado como os medicamentos isentos de prescrição aparecem na rede social Instagram®, buscando pelo seu nome comercial de referência e o princípio ativo correspondente. Na segunda etapa, através de um questionário semiestruturado, foi levantado dados a respeito do perfil do consumo de medicamentos isentos de prescrição por idosos participantes de projetos voltado para a terceira idade, em Campos dos Goytacazes e Niterói. Como resultado, foram coletadas 43 propagandas e todas infringiram a legislação em algum ponto. Observou-se que os antiácidos foram as que mais descumpriram a regulamentação, com uma média de 7,3 infrações por peça publicitária. No Instagram®, as publicações analisadas que apresentaram maior número de curtidas foram #dorflex (440.378), #claritin (216.423) e #advil (164.021). De todas as publicações avaliadas, 57% eram de perfis de usuários comum da rede social, sendo este o que mais publica hashtags relacionadas a medicamentos. A hashtag que apresentou maior número de publicações, foi a #advil com mais de 60 mil fotos. Enquanto a hashtag com menor frequência teve apenas 5 publicações, a #fenazopiridina. Os idosos participantes do presente estudo, totalizaram 141, entre Campos dos Goytacazes e Niterói, todos declararam se automedicar em pelo menos um sintoma. O meio que eles mais utilizam para obter informações sobre medicamentos é por meio de amigos seguido pela televisão. O estudo mostrou que se faz necessário maiores esclarecimento para a população sobre o consumo de medicamentos vendidos sem prescrição médica, assim como o impacto que eles podem causar na saúde dos idosos além da necessidade de se intensificar a fiscalização das propagandas de medicamentos isentos de prescrição que são veiculadas na televisão.