Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Nágilla Orleanne Lima do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182138
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Resumo: |
Diabetes mellitus (DM) é uma desordem metabólica caracterizada pela hiperglicemia persistente, com distúrbios no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina ou ambos. A utilização de antioxidantes tem contribuído para melhorar a hiperglicemia e também minimizar as complicações diabéticas. Geraniol, um monoterpeno, presente na composição de óleos essenciais de várias plantas medicinais, apresenta ação antioxidante e antihiperglicemiante, sendo capaz de contribuir na terapêutica desta patologia. Este estudo tem como objetivo avaliar o metabolismo energético e estresse oxidativo no miocárdio de ratos com DM tipo 1, tratados com geraniol. Foram utilizados 32 ratos machos, Wistar (± 250g de peso corporal), distribuídos em 4 grupos experimentais (n=8): C (normais, controle); GE (normais, tratados com geraniol); DM (diabéticos, não-tratados); DM-GE (diabéticos, tratados com geraniol). A DM tipo 1 experimental foi induzido através da administração de estreptozotocina (STZ – 60 mg/Kg de peso corporal, i.p., dose única). Os animais dos grupos GE e DM-GE receberam geraniol (200 mg/Kg/dia) via gavagem durante 30 dias e os animais dos grupos C e DM receberam água pelo mesmo procedimento. Durante o período experimental, foram avaliados consumo de água e ração. Após este período, os animais em jejum de 12 horas, foram anestesiados (xilazina e cetamina) e eutanasiados. Foram coletadas amostras séricas para análise da concentração de glicemia e do perfil lipídico e porções de tecido cardíaco para dosagem de glicogênio, triacilgliceróis, proteínas totais, enzimas do metabolismo energético e do estresse oxidativo. Os resultados foram analisados por ANOVA One-way seguido do teste de Tukey para comparação das médias. As diferenças foram consideradas significativas quando p<0.05. Houve redução no consumo alimentar, hídrico e energia ingerida (p<0,05), além de maior peso corporal e ganho de peso em animais diabéticos tratados com geraniol (DM-GE), quando comparados aos animais diabéticos não tratados (DM). A administração de geraniol em DM-GE também promoveu diminuição da glicemia, coleserol, triacilgliceróis, VLDL-colesterol e LDL-colesterol, assim como aumento da concentração sérica de HDL-colesterol (DM-GE), quando comparado ao grupo DM. O grupo DM apresentou menores concentrações cardíacas de glicogênio em relação aos demais grupos, sendo que o tratamento com geraniol aumentou este parâmetro (p<0,05). A concentração cardíaca de triacilgliceróis foi maior (p<0,05) nos grupos DM e DM-GE, diferindo estatisticamente dos demais grupos. A atividade cardíaca tanto da fosfofrutoquinase (PFK) como da piruvato desidrogenase (PiDH) foi menor no grupo DM, tendo aumento na presença de geraniol. Os animais do grupo DM apresentaram maior atividade cardíaca para citrato sintase (CS) e β-hidroxil CoA-desidrogenase (OHADH), e com o uso de geraniol, a atividade destas enzimas diminuiu. A atividade da NADH-desidrogenase (NADH-DH), succinato-desidrogenase (SUC-DH) e ATP-sintase apresentou-se diminuída nos animais do grupo DM e o uso do geraniol restabeleceu a atividade da NADH-DH e ATP-sintase; animais do grupo GE tiveram a atividade da ATP-sintase aumentada, diferindo dos demais grupos. Quanto aos parâmetros do estresse oxidativo, não foram observadas diferenças significativas na atividade das enzimas glutationa reduzida (GSH) e glutationa total (GS total). A administração de geraniol em ratos diabéticos promoveu diminuição da concentração de hidroperóxido de lipídios (HP) e de proteína carbonila (PC) e aumento da atividade das enzimas antioxidantes glutationa peroxidase (GSH-Px) e superóxido dismutase (SOD), quando comparado a animais do grupo DM. Conclui-se que a administração de geraniol reduziu os efeitos prejudiciais observados na condição diabética, através do seu efeito antidiabetogênico e antioxidante. |