Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Ong, Thomas Prates |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-18022008-151815/
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Resumo: |
No presente estudo avaliou-se a atividade quimiopreventiva do farnesol (FR) e geraniol (GR), isoprenóides presentes em frutas e ervas, quando administrados a ratos Wistar durante as etapas de iniciação e/ou seleção/promoção do modelo de hepatocarcinogênese do \"hepatócito resistente\" (RH). No Protocolo Experimental 1, os animais receberam durante 8 semanas consecutivas, continuamente durante as etapas de iniciação e seleção/promoção, por entubação gástrica e dissolvido em óleo de milho (OM): FR (25 mg/100 g de peso corpóreo [p.c.]; grupo FR) ou GR (25 mg/100 g de p.c.; grupo GR). Além disso, 1 grupo recebeu durante o mesmo período, por entubação gástrica, apenas OM (0,25 mL/100 g de p.c.; grupo OM; controle). Duas semanas após o início dos tratamentos, todos os grupos foram submetidos ao modelo do RH. Esse consistiu na aplicação intraperitoneal de uma dose do agente iniciante dietilnitrosamina (DEN, 20 mg/100 g de p.c.), seguida, 2 semanas após, da aplicação de 4 doses consecutivas de 2-acetilaminofluoreno (2-AAF; 2,5 mg/100 g de p.c.) e de uma hepatectomia parcial (HP) a 70%, acrescida de 2 doses de 2-AAF (2 mg/100 g de p.c.) 2 e 4 dias após a cirurgia. Decorridas 6 semanas após a iniciação com DEN, os animais foram sacrificados administrando-se, entretanto, 2 h. antes desse procedimento 5-bromo-2-desoxiuridina (BrdU) (10 mg/100 g de p.c.). De acordo com a análise macroscópica dos fígados, e em comparação ao grupo OM, verificou-se que o FR inibiu a incidência (p<0,05) e número médio (p<0,05) de lesões pré-neoplásicas (LPN) hepáticas visíveis à macroscopia. No caso do grupo GR, observou-se apenas sugestão de redução da incidência e número médio dessas LPN visíveis à macroscopia. Em relação à análise morfométrica das LPN hepáticas positivas para a enzima glutationa S-transferase forma placentária (GST-P) totais (persistentes + em remodelação), observou-se que em comparação ao grupo OM, o FR reduziu o tamanho (p<0,05) e área do corte ocupada (p<0,05) por essas lesões. O GR, por sua vez, reduziu o tamanho (p<0,05) das LPN GST-P positivas totais, observando-se, também, sugestão de redução pelo isoprenóide da área do corte ocupada pelas mesmas. Em comparação ao grupo OM, o FR e o GR foram capazes de inibir (p<0,05) a proliferação celular nas LPN, enquanto apenas o GR induziu (p<0,05) a apoptose nas mesmas. Além disso, danos no DNA hepático foram menores (p<0,05) nos animais tratados com FR ou GR, em comparação aos tratados com OM (controles). O tratamento com FR, mas não com GR, resultou em inibição (p<0,05) das concentrações plasmáticas de colesterol total. A análise, por \"western blot\", da expressão hepática do receptor nuclear ativado pelo farnesóide X (FXR) não revelou diferenças (p>0,05) entre os diferentes grupos. No Protocolo Experimental 2, os ratos receberam apenas durante 2 semanas consecutivas na fase de iniciação, e por entubação gástrica, FR (25 mg/100 g p.c.; grupo FRi), GR (25 mg/100 g p.c.; grupo GRi) ou OM (0,25 mL/00 g p.c.; grupo OMi, controle), sendo então submetidos ao modelo do RH, conforme descrito para o Protocolo Experimental 1. O sacrifício dos animais ocorreu 6 semanas após iniciação com DEN. De acordo com a análise macroscópica dos fígados, não foram constatadas diferenças entre os diferentes grupos (p>0,05) quanto à incidência de LPN hepáticas visíveis à macroscopia. Em comparação ao grupo OMi (controle), observou-se nos grupos FRi e GRi sugestão de maior número de LPN hepáticas visíveis à macroscopia. Também em comparação ao grupo OMi (controle), observou-se no grupo GRi menor (p<0,05) número de LPN hepáticas GST-P positivas totais (persistentes + em remodelação), e no grupo FRi sugestão de menor número dessas LPN GST-P positivas totais. Além disso, foram observadas nos grupos FRi e GRi, em comparação ao grupo OMi, LPN hepáticas GST-P positivas totais (persistentes + em remodelação) maiores (p<0,05), bem como sugestão de maior área do corte ocupada por essas LPN GST-P positivas. Não foram observadas diferenças (p>0,05) entre os diferentes grupos quanto à concentração hepática de DNA. No Protocolo Experimental 3, os ratos receberam inicialmente uma dose de DEN (20 mg/100 g de p.c.). Duas semanas após, os animais passaram a receber por entubação gástrica, durante 6 semanas consecutivas em período compreendendo a etapa de seleção/promoção: FR (25 mg/100 g p.c.; grupo FRs/p), GR (25 mg/100 g p.c.; grupo GRs/p) ou OM (0,25 mL/100 g p.c.; grupo Oms/p; controle). Nesse experimento, as administrações de 2-AAF e a realização da HP ocorreram 4 semanas após a iniciação com DEN. O sacrifício dos animais ocorreu após 8 semanas da iniciação com DEN. Em comparação ao grupo OMs/p (controle), observou-se nos grupos FRs/p e GRs/p sugestão de menor número médio de LPN hepáticas visíveis à macroscopia. Não foram constatadas diferenças (p>O,05) entre os diferentes grupos quanto à incidência de LPN hepáticas visíveis à macroscopia; quanto ao número, tamanho e área do corte ocupada por LPN hepáticas GST-P positivas totais (persistentes + em remodelação); e quanto à concentração hepática de DNA. De acordo com os resultados do estudo, considerou-se pronunciada a atividade quimiopreventiva do FR quando administrado a ratos Wistar continuamente durante as etapas de iniciação e seleção/promoção do modelo de hepatocarcinogênese do RH (Protocolo Experimenta! 1). Nessas mesmas condições, considerou-se moderada a atividade quimiopreventiva do GR. Inibições da proliferação celular e de danos no DNA parecem estar envolvidas com as ações anticarcinogênicas do FR e GR, enquanto que a indução da apoptose parece ser mecanismo de ação específico do GR. Além disso, as ações protetoras do FR e GR não parecem envolver alterações na expressão do receptor nuclear FXR. Finalmente, quando administrados especificamente durante a etapa de iniciação (Protocolo Experimental 2) ou de seleção/promoção (Protocolo Experimental 3), ambos os isoprenóides não foram capazes de apresentar atividades quimiopreventivas efetivas. Dessa forma, em ratos Wistar submetidos ao modelo do RH, é necessária a administração contínua de FR ou GR durante as etapas de iniciação e seleção/promoção para a ocorrência de atividades quimiopreventivas. |