Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pires, Gabriela Barbosa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/257278
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado uma das principais causas de incapacidade adquirida. A tendência de andar mais devagar, compromete o desempenho funcional, interferindo negativamente na autonomia, na participação social e na qualidade de vida pós AVC. As deficiências do pé e tornozelo já foram relacionadas com menores VM e pior mobilidade funcional (MF), sendo a deformidade em equinovaro a mais prevalente pós AVC. As medidas de amplitude de movimento (ADM) de dorsiflexão do tornozelo produzem resultados distintos dependendo se são realizadas com ou sem descarga de peso. Diversos métodos são utilizados para medir a ADM de dorsiflexão incluindo goniometria, fotogrametria e testes funcionais, como o Weight-Bearing Lunge Test (WBLT). O WBLT é um teste clínico que avalia a ADM de dorsiflexão com descarga do peso corporal. Apesar do WBLT ser validado para pacientes com AVC, não foram encontrados estudos que analisassem a ADM dorsiflexão de ambas as pernas em indivíduos hemiparéticos e tampouco a influência do posicionamento do apoio das mãos durante a aplicação do teste. Também não foram encontrados estudos que analisaram a relação entre os resultados do WBLT com a MF e VM em pacientes hemiparéticos. OBJETIVO: O objetivo geral do estudo foi analisar a influência do apoio das mãos nos resultados do WBLT nos dois membros inferiores e a relação com a espasticidade, funcionalidade e número de quedas, em indivíduos hemiparéticos crônicos. MÉTODOS: O estudo foi realizado com indivíduos hemiparéticos de ambos os sexos e segmentado em três partes. Para todas as partes, foram utilizados os dados das seguintes avaliações: aspecto cognitivo (Montreal Cognitive Assessment - MoCA test), mobilidade de dorsiflexão (DF) tornozelo do lado parético (P) e não parético (NP) por meio do Weight Bearing Lunge Test (WBLT) com diferentes apoios do membro superior (Apoio Horizontal - AH, Apoio Vertical - AV e sem Apoio - SA), considerando-se as medidas da distância do hálux à parede (DHA) e inclinação da tíbia (IT) - ângulo formado entre o quinto metatarso, maléolo lateral e cabeça da fíbula. Para o Estudo I, os indivíduos também foram avaliados quanto à inclinação da tíbia na posição sentada (ITS), amplitude de movimento ativa dos tornozelos através da goniometria (GTM) e fotogrametria (FTM) (plantiflexão e dorsiflexão de ambos os tornozelos). Para o Estudo II, foram realizadas as avaliações do tônus muscular por meio das escalas de Ashworth Modificada (MAS) e de Tardieu (TD). No Estudo III, os indivíduos foram avaliados quanto ao equilíbrio e mobilidade pelos testes Timed Up and Go (TUG), Teste de Caminhada de 10 metros (TC10), Teste de Sentar-Levantar Cinco Vezes (TSL5X), Avaliação de Fugl- Meyer para MMII e Escala Functional Ambulation Classification (FAC). A coleta de dados ocorreu ao longo de um único dia. RESULTADOS: Os resultados do Estudo I mostram que as medidas de DF do tornozelo com e sem descarga de peso produzem resultados significativamente diferentes sugerindo que essas duas medidas não devem ser usadas indistintamente como medidas da amplitude de movimento da DF do tornozelo. No Estudo II, as escalas de espasticidade não apresentaram correlação com os tipos de apoio no WBLT, porém, uma maior espasticidade dos flexores plantares foi associada a uma menor amplitude de DF. O Estudo III, mostra que em relação às medidas de IT a IT_P_AH foi a variável que apresentou maior correlação com as variáveis de MF (TUG, o TSL5X e a FAC). Em relação a DHP a DHP_NP_AV apresentou correlação com o TUG e o TC10m. CONCLUSÃO: Os diferentes tipos de apoio das mãos não influenciaram de maneira significativa os resultados do WBLT, tanto no lado P quanto no lado NP. A espasticidade do lado P não apresentou relação com os resultados do WBLT, independentemente do tipo de apoio das mãos. Considerando a relação entre mobilidade funcional e os resultados do WBLT, no lado P, a medida de IT com WBLT_AH foi a que mais se relacionou com a mobilidade funcional. No lado NP, a DHP realizada com AV foi a medida que mais se relacionou. A IT_SA, tanto do lado P quanto do lado NP, se correlacionou com o número de quedas, sendo a correlação mais forte com o lado NP. |