Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Valencia Cardenas, Jonan Emi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-04102021-101636/
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Resumo: |
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma alteração neurológica com maior indecência na população idosa a nível mundial e no Brasil. Tem como sequelas alterações motoras, de comunicação e alimentação, como disfagia, disartria e disfonia, as quais podem acontecer associadas ou isoladamente. Poucos os estudos relacionam as alterações de voz e deglutição após o AVC, principalmente em idosos. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar as relações entre as características laríngeas (morfológicas e funcionais fonatória) e da de deglutição (segurança e eficiência) em idosos pós-acidente vascular cerebral. Estudo retrospectivo em que foram analisados dados de 24 prontuários de pacientes atendidos na Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru, a saber: gravações dos exames de videoendoscopia da fonação e deglutição realizados previamente à intervenção fonoaudiológica. Foram considerados critérios de inclusão ter diagnóstico médico de AVC e 60 anos de idade ou mais e excluídos pacientes com histórico de doenças oncológicas. Os dados foram analisados considerando assimetria laríngea, arqueamento da porção membranosa, aumento de volume das pregas vestibulares, a classificação do fechamento glótico e a presença de constrição mediana e anteroposterior durante a fonação. Para a deglutição foram consideradas a escala de penetração e aspiração, a escala de resíduos em valéculas, faringe e seios piriformes. Os dados foram tabulados para posterior análise estatística por meio dos testes Mann-Whitey e Kruskal-Wallis, considerando nível de significância de 5%. Evidenciou-se nos resultados da videoendoscopia da fonação que 91,7% dos pacientes apresentaram arqueamento da porção membranosa das pregas vocais e aumento do volume das pregas vestibulares, 87,5% constrição anteroposterior das aritenoides e 62,5% constrição mediana. Os resultados da avaliação da deglutição demonstraram que 12,5% dos casos apresentaram penetração, 8,3% aspiração, sendo que em 33,3% dos pacientes houve presença de resíduos em seios piriformes com consistência líquida, como também em valéculas para 29,2% na deglutição de pudim. Verificou-se relação estatisticamente significante entre a escala penetração/aspiração e constrição anteroposterior de aritenoides (p=0,047); entre escala de resíduos em valéculas e assimetria das pregas vocais (p=0,009), aumento das pregas vestibulares (p=0,040) e cobertura da epiglote (p=0,017); entre a escala de resíduos faríngea e assimetria das pregas vocais (p=0,048), aumento das pregas vestibulares (p=0,020) e constrição anteroposterior de aritenoides (p=0,032). Concluiu-se que a característica fonatória constrição anteroposterior apresentou relação com aspectos de segurança e eficiência da deglutição, enquanto os aspectos assimetria de pregas vocais, quantidade de cobertura da epiglote e aumento das pregas vestibulares mostraram relação com a eficiência da deglutição em idosos na fase tardia do acometimento cerebral. |