Fragilidade osmótica eritrocitária e reticulocitometria em cães acometidos por doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bizare, Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192869
Resumo: A anemia é considerada um dos fatores para avaliar progressão da doença renal e diminuição da qualidade de vida do paciente. Conforme a doença renal progride, ocorre aumento gradativo na produção de toxinas urêmicas que reduz a meia vida dos eritrócitos circulantes por interferir na estabilidade da membrana eritrocitária. Para tanto, utiliza-se a contagem de reticulócitos para classificar a anemia como regenerativa ou não regenerativa. Objetivou-se neste estudo avaliar a resistência da membrana das hemácias, utilizando-se do teste de Fragilidade Osmótica Eritrocitária (FOE) em cães com doença renal crônica (DRC) e avaliação de reticulócitos. Foram avaliados 43 cães provenientes da rotina do Serviço de Nefrologia e Urologia do Hospital Veterinário Governador Laudo Natel da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP - campus Jaboticabal. As referidas unidades experimentais foram distribuídas em três grupos, quais sejam, G0 (n=13), composto por cães hígidos e G1, DRC estádios 1 e 2 (n=14) e G2, DRC estádios 3 e 4 (n=16), classificados de acordo com o recomendado pela International Renal Interest Society. A fim de definir os critérios de inclusão dos cães foram feitos, além do exame físico, a avaliação de pressão arterial, hemograma, contagem de reticulócitos, exames bioquímicos, urinálise e relação proteína/creatinina urinária (UP/C). Para execução do teste de FOE as hemácias foram diluídas em concentrações decrescentes de cloreto de sódio e analisadas por citometria de fluxo. As concentrações de creatinina sérica (sCr), ureia sérica (sUreia), fosfato sérico (sP) e UP/C foram superiores no grupo G2 quando comparado ao G0 (p<0,05). Com relação às variáveis hematológicas, foram observadas diferença estatística entre o número de hemácias (p<0,009), hematócrito (p<007) e hemoglobina (p<0,007), que decresceu conforme a doença renal avançava. A FOE e os reticulócitos apesar de terem variado individualmente, dependendo do estádio da DRC de cada paciente, não apresentaram diferença estatística quando comparado aos animais controle e doentes, e tampouco quando foram confrontados os diferentes estádios de cães com DRC (p>0,05). Os resultados obtidos neste estudo demonstram, portanto que, embora a reticulocitometria seja fiadora da contagem de reticulócitos, a contabilização manual de reticulócitos ainda é uma opção segura e somente com a FOE não é possível predizer alterações na membrana do eritrócito em cães com DRC.