Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Pablo Costa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/142837
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Resumo: |
A hemorragia pulmonar induzida pelo exercício (HPIE) diminui a performance atlética dos animais e acarreta prejuízos aos criadores. Por apresentar etiologia não elucidada, seu tratamento paliativo é a administração de furosemida, diurético que reduz o volume plasmático, a pressão sanguínea, a ruptura alveolar e a hemorragia. Considerando que a acupuntura atua sobre os diversos sistemas do organismo e levando-se em consideração os efeitos adversos da furosemida, a farmacopuntura poderia promover a diurese e minimizar tais efeitos indesejados. Objetivou-se avaliar o possível efeito dessa técnica em equinos em um projeto piloto. Para tal utilizou-se seis animais, submetidos à quatro tratamentos a um intervalo de pelo menos um dia: furosemida, farmacopuntura associada a acupuntura, falsa farmacopuntura e controle no qual os animais não receberam nenhum tratamento. Avaliou-se o tempo de início da micção após os tratamentos, o débito urinário, a densidade e a frequência de micção. O tempo até o início de micção foi semelhante entre os grupos furosemida e farmacopuntura e se deu nos primeiros 20 minutos de coleta, sendo maior nos demais grupos. O débito urinário foi menor para o grupo controle que o tratado com furosemida. Não houve diferença para a densidade e a micção foi mais frequente após administração de furosemida comparada ao controle e a falsa farmacopuntura. Concluiu-se que a farmacopuntura não influenciou o débito urinário dos animais e, desta forma, optou-se no estudo principal em avaliar apenas o efeito da acupuntura com agulhas secas na prevenção da HPIE. Foram utilizados 18 equinos Puro Sangue Inglês. Cada animal foi seu próprio controle, sendo submetido a exercício intenso três vezes com intervalos de 15 dias, sendo a primeira sem nenhum tratamento (C) e as outras duas, uma após receber 250 mg de furosemida IV (F) e outra após uma sessão de acupuntura (A), ambas quatro horas antes do exercício. Os animais foram avaliados 30 minutos antes, imediatamente após e 30 minutos após o exercício sendo realizada a avaliação clínica dos parâmetros vitais e do sistema respiratório, exame endoscópico do trato respiratório e coleta de sangue para mensuração de volume globular (VG) e proteína total (PT). O grau de sangramento teve mediana igual a 3 no controle, sem diferença estatística (P>0,05) para o tratamento com acupuntura que teve mediana igual a 2,5. O tratamento com furosemida diferiu dos demais (P<0,001) apresentando mediana 0,5 para tal variável. Quanto ao exame clínico dos parâmetros vitais e do sistema respiratório, a maioria das variáveis apresentou diferença estatística entre os momentos pré e pós, independente do tratamento avaliado, sem apresentar, entretanto, diferenças entre os tratamentos em um mesmo momento. O VG médio foi mais elevado para o tratamento com furosemida em relação aos demais nos momentos pré e pós exercício. Os valores obtidos de PT diferiram entre os momentos pré e pós, entretanto sem diferir entre os tratamentos avaliados. Concluímos então que apenas uma sessão de acupuntura aplicada quatro horas antes da realização de exercício em cavalos Puro Sangue Inglês de corrida não é capaz de reduzir o grau de sangramento decorrente da HPIE. Novas avaliações com tratamentos contínuos e prolongados devem ser feitas para se inferir melhor a respeito da eficácia da técnica. |