“Radiaciones continentales”: circulação de modelos educacionais para a educação rural no espaço Brasil-México (1940-1950)

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Silva, Rony Rei do Nascimento [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Educação rural; Unesco; Crefal; OEA; Brasil; México; Rural education; OAS; Brazil
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204255

Esta tese tem por objetivo compreender a circulação de ideias de educação rural no Brasil e no México, entre as décadas de 1940 e 1950. A porta de entrada para o desenvolvimento desta tese foram as duas viagens do educador brasileiro Manoel Bergstrom Lourenço Filho ao México, inserido em um movimento de ideias e sujeitos (políticos, educadores e intelectuais) em conferências, congressos, reuniões, comitês, impressos e documentos norteadores das políticas educacionais, levados a cabo pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pelo Centro Regional de Educação Fundamental para a América Latina (Crefal) e pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Trata-se, portanto, de uma investigação acerca da circulação de ideias que nortearam a educação rural no Brasil, em tempos em que o México se colocava como referência exitosa de educação rural para toda a América Latina. Em relação às opções teórico-metodológicas, trata-se de um trabalho histórico com metodologia da História Conectada, centrada na pesquisa documental e bibliográfica. Utiliza-se, principalmente, a noção de “circulação de modelos pedagógicos” para construir a trama de relações que se estabelecem nesta tese. Tomam-se como fontes livros, manuscritos, relatórios, jornais, revistas, recomendações, boletins demográficos, fotografias e correspondências. Por fim, pode-se concluir que a circulação de ideias de educação rural no Brasil e no México se fez pela atuação da Unesco, Crefal e OEA, na medida em que esses organismos se apropriaram de um “modelo revolucionário” mexicano de educação rural, o qual foi redimensionado e implementado em ambos os países em uma perspectiva liberal, aliado a um plano de governo capitalista.