Haiti popular: saberes antropológicos e artísticos em circulação (1940-1950)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Goyatá, Julia Vilaça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-27052019-104520/
Resumo: Este trabalho acompanha a produção e a circulação transatlântica de uma das muitas imagens do Haiti: o Haiti popular, paisagem estético-antropológica amplamente proliferada na metade do século XX. Com a ajuda de uma série de fontes documentais e tendo o antropólogo franco-suíço Alfred Métraux (1902-1963) como um dos principais guias, a pesquisa explora a construção de três experiências institucionais no país nos anos 1940: o museu do Bureau d\'Ethnologie, fundado em 1941, a biblioteca/museu do projeto Unesco em Marbial, concebida em 1948, e o Centre d\'Art, inaugurado em 1944. Embora distintos, esses experimentos, que agregam os campos da museologia, da educação e da produção científica, compartilham não só um propósito semelhante o de fornecer ao Haiti uma cultura tradutível em objetos, formas e imagens , mas também uma mesma rede de circulação de pessoas: intelectuais, artistas, políticos e gestores haitianos e estrangeiros encarregados de sua produção. A análise proposta segue, com base em um exercício de imaginação etnográfica com os documentos, o trânsito de pessoas, coisas e ideias presentes na formação de tais instituições, desvendando o sentido do Haiti popular que passa a ser pendurado em paredes, apoiado em estantes e exibido em exposições.