Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Paulo Ricardo Moura da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136125
|
Resumo: |
De acordo com Tânia Pellegrini (2007), há um grande número de narrativas produzidas nas últimas décadas que constroem esteticamente um realismo, não estritamente aos moldes do realismo enquanto movimento literário do século XIX, mas que buscam, de diferentes modos, colocar o real em cena a partir de uma perspectiva contemporânea. Nestes termos, em contraposição à proposta de Flora Süssekind (1984), de que o naturalismo seria uma ideologia estética na literatura brasileira, marcada, sobretudo, pela objetividade, pela fidelidade representacional à realidade sociocultural e pelo diálogo com a ciência em prol do estabelecimento da identidade nacional, a hipótese que defendemos, a partir de uma leitura teórico-crítica do livro de contos BaléRalé, de Marcelino Freire, concebe o naturalismo como uma técnica de representação realista, em que se explorariam esteticamente aspectos como, por exemplo, o rebaixamento, a marginalidade e a crueza. Em termos de realização estética, o naturalismo histórico não legaria necessariamente à ficção brasileira contemporânea um modelo de representação translúcida, precisa e científica da realidade sociocultural. Para nós, o cientificismo do romance naturalista do século XIX produziu representações animalizadas do homem e, a partir deste aspecto, seria possível perceber melhor as heranças naturalistas na literatura brasileira contemporânea, que, sob muitos aspectos, se voltariam justamente para a representação de elementos brutais da vida humana em sociedade. |