Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moura, Natália Oliveira |
Orientador(a): |
Sousa, Ilza Matias de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21967
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Resumo: |
Percebe-se, na escrita de Marcelino Freire, em BaléRalé (2003), o estilhaçamento de um modelo de repetição circular, inserindo na literatura um novo paradigma estético (GUATTARI, 1992) que não o do sublime e do tradicional, mas sim o de uma estética rasurada, contrária à colonização de alteridades. Considerando esses aspectos, viu-se a relevância de promover um estudo acerca da relação entre margens, imagens e corpo dentro da obra freiriana, observando como essas três instâncias fomentam uma ruptura com padrões de normatividade, seja social, simbólica e corporal, que apreendem os processos de singularização (GUATTARI; ROLNIK, 2013). Nas margens surgem as sonoridades de uma língua menor que se produz, na escrita do autor pernambucano, como máquina de guerra e de expressão (DELEUZE; GUATTARI, 1997b). Além disso, produz-se imagens que desconstroem – por meio do diálogo suscitado com outras artes, aqui destacando-se a fotografia (BARTHES, 2012) – tanto os regimes de visibilidade e representação, como a sua pretensa condição de revelação, fixidez e nitidez, provocando novas formas de semiotização (BARTHES, 2007) ao se fazer destituir as identidades formadoras, remetendo a fluxos de desejo que dissolvem a unidade da linguagem. Os lances ficcionais, intitulados por Marcelino Freire de improvisos, surgem como lugar dos corpos-linguagem (DELEUZE, 2011), corpos fragmentados, sem órgãos (DELEUZE; GUATTARI, 1996) os quais desfazem o corpo orgânico, em processos de intensidade e potência, pelos quais se reinventam. O fluxo de desejo se estende para dimensões que não se limitam apenas ao corpo humano, mas a outros objetos e fragmentos de corpo, instaurando uma experiência intensiva e contraditória do interdito e da transgressão e também sua anulação, como na baixa prostituição (BATAILLE, 2014), promovendo a perda do sentido e lançando o corpo para a emergência do diferente. Em face de tais problemáticas, percebeu-se, por meio dessa pesquisa, que as potencialidades discursivas do pensamento literário do autor pernambucano promovem as margens como condutoras de potências de transformação. Estas são expostas em superfícies propulsoras de novas formas de subjetivação, dando vez no ficcional à proposta de uma literatura e de uma noção de minorias não assimiladas à categoria de representação, mas de um desejo que se pluraliza. |