Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Renata Batisteli de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234646
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Resumo: |
O foco desta dissertação, foi a supervisão do trabalho das navegadoras de pares do projeto piloto TransAmigas, realizado em SP, em 2018-19. Compreendendo que o inconsciente se apresenta nas mais diferentes manifestações humanas e que a escuta psicanalítica pode se dar em contextos externos à clínica e com atenção aos marcadores de gênero e às vulnerabilidades, o objetivo foi mostrar a relevância da utilização do aparato conceitual psicanalítico no trabalho de supervisão de grupo de navegadoras de pares do projeto. Foi dada especial atenção a fenômenos descritos pela psicanálise que se apresentaram na interação entre supervisora e navegadoras de pares e que serviram para nortear as orientações para acompanhamento e desenvolvimento do trabalho: projeção, repressão, identificação e sublimação. Apresentamos, inicialmente, o projeto TransAmigas e os dados sociodemográficos da população de mulheres trans e travestis. Destacamos os fundamentos teóricos do trabalho de pares, bem como aspectos relevantes da teoria psicanalítica e da teoria queer de Judith Butler, que nortearam nossa compreensão e intervenção. Comparamos alguns trabalhos de supervisão e propusemos o modelo híbrido realizado no TransAmigas. Apresentamos o método de intervenção no projeto a partir da escuta psicanalítica sob transferência, assim como o método para seleção, apresentação e discussão do material no âmbito da pesquisa. A produção de dados analisada teve como fontes as reuniões com as navegadoras de pares, supervisões individuais, entrevistas e produção livre. O resultado obtido mostra que o trabalho de pares com uma supervisão atenta à visão psicanalítica e às questões de gênero, vulnerabilidade e situações de abjeção pode melhor auxiliar na compreensão das relações sociais e possíveis conflitos, em especial para mulheres transexuais e travestis, atravessadas por outros marcadores identitários, como ser uma pessoa vivendo com hiv. |