Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Marlyson Junio Alvarenga [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193086
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Resumo: |
Nesta tese traço um histórico da emergência de Políticas de governo e de Estado que levaram mulheres trans às Universidades Públicas brasileiras, resultante de um movimento que propicia três vias construídas entre Universidades Públicas, Movimento Social de Travestis e Transexuais. As interlocutoras da pesquisa são mulheres trans que são sujeitos destas mudanças. A Universidade aparece como espaço possível à composição de outros caminhos para as entrevistadas, mas também como lócus de crítica em que teoria e prática fomentam tensões internas, assim como provocam a sociedade abrangente. Neste processo, conceitos como gênero e sexualidade passaram a ser pensados como construtos sociais, provocando torções epistemológicas as quais possibilitaram mais que novas teorias, mas também a constituição de novas subjetividades. A inserção de Mulheres Trans na Universidade Pública brasileira é resultado de transformações que as Instituições de Ensino Superior passaram, nos últimos anos, acompanhando e respondendo às mudanças macrossociais, às quais, de certa maneira, o campo acadêmico também ajudou a fomentar. Programas como REUNI e SISU ampliam vagas, mas a permanência estudantil está associada a fatores múltiplos, incluindo a pressão de movimentos sociais. Assim, traço as rotas construídas pelo Movimento Social das Travestis e, posteriormente das Transexuais, desde sua origem, passando pela explosão da AIDS no Brasil e as buscas deste mesmo movimento para barrar a propagação do vírus, do preconceito que ele suscitou e, no limite, das mortes. Aposto nessas forças rizomáticas como vetores capazes de construir saberes e produzir poderes. Saberes esses, que nascem do fazer, da experiência (LARROSA, 2002). Busco, por isso, compor um mapa das insurgências, ou seja, utilizo-me da cartografia como metodologia de pesquisa. Essas insurgências foram sendo criadas pelo Movimento Social, pela Universidade Pública e pelas Mulheres Trans ao entrarem no ambiente acadêmico. Assim, tracejo essas rotas, por meio de entrevistas que foram obtidas, a partir da invenção do que convencionei denominar de rede de afetos; uma apropriação com referências à metodologia bola de neve, que tem como objetivo cartografar essa micropolítica dos desejos, confrontando-os com a macropolítica, produzindo mais micropolítica. |