O problema da identidade pessoal na filosofia da mente contemporânea: uma abordagem auto-organizativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Reino, Thaisa de Albuquerque [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91781
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo a análise do problema da identidade pessoal no âmbito da Filosofia da Mente contemporânea. Uma versão do problema da identidade pessoal pode ser assim formulada: será realmente possível que uma pessoa permaneça a mesma ao longo do tempo, a despeito das várias e constantes transformações biológicas, psicológicas e sócio-culturais às que estará sujeita ao longo de sua vida? Como, dadas as mudanças, poderia haver identidade de algo de um momento a outro, e em que consistiria esta identidade? Alguns teóricos da chamada tradição clássica propõem soluções para o problema da identidade da pessoa a partir de uma perspectiva dualista, considerando a identidade pessoal um fator adicional de caráter absoluto não suscetível a mudanças. A identidade pessoal residiria na mente ou substância pensante, imaterial, cujas interações com o corpo, porém, nunca foram satisfatoriamente esclarecidas pelos defensores desta abordagem. Contrapondo-se à essa vertente filosófica, abordagens naturalistas consideram a pessoa em sua unidade fundamental, ou seja, a pessoa é considerada em sua organicidade, com suas características biológicas e culturais, não se colocando mais o problema da interação causal mente/corpo. Nesse contexto, porém, o problema da identidade pessoal se (re) coloca, pois como pensar a permanência ou a continuidade de uma identidade da pessoa durante sua vida em face à impermanência e a dinamicidade do organismo? Buscaremos mostrar que uma abordagem naturalista embasada na Sistêmica, bem como na Teoria da Autoorganização, pode oferecer um aporte teórico adequado para investigar o problema da identidade pessoal de forma a enfrentar algumas das dificuldades apontadas sob uma nova ótica