Um estudo sobre a relação entre educar e cuidar de crianças bem pequenas, segundo a percepção de profissionais da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bistaffa, Vanilda Divina Almério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216847
Resumo: Historicamente, muitas foram as dificuldades enfrentadas no Brasil ao longo de décadas com a prática nas instituições de Educação Infantil, na qual o ato de cuidar remete à ideia de assistencialismo e o de educar, à de ensino-aprendizagem. Contudo, muito ainda deve ser feito para que crianças bem pequenas tenham seus direitos e necessidades reconhecidos no Brasil. O cuidar e o educar são funções essenciais integrantes da Educação Infantil, devendo ser operacionalizados de forma indissociável no cotidiano das creches e das pré-escolas. Há, portanto, a necessidade de superação da dicotomia histórica dessas funções nas instituições e de investimentos em atividades que objetivem promover o desenvolvimento integral da criança, entendendo a educação como direito. Este estudo teve como objetivo descrever e comparar as percepções de professores de educação infantil e de auxiliares de cuidados diários (ACDs), que atuam em creches no município de Barretos/SP, sobre as funções de educar e cuidar de crianças bem pequenas, de dezoito meses a três anos de idade. Foram investigadas as percepções desses profissionais em relação às atividades desenvolvidas no cotidiano institucional. Para consecução dos objetivos, as estratégias adotadas foram: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e pesquisa de campo. A pesquisa de campo foi desenvolvida em três centros de educação infantil, na cidade de Barretos/SP. Os participantes foram treze professores e doze auxiliares que atendem crianças bem pequenas, de dezoito meses a três anos de idade. O instrumento utilizado foi um questionário enviado online aos participantes e estruturado em três partes: perfil do participante, percepções sobre cuidar e educar e reconhecimento profissional. Os dados foram categorizados a posteriori, a partir das respostas dos participantes. Foi realizada uma descrição compreensiva dos dados coletados, com base em fundamentação teórica pertinente à área de Psicologia do Desenvolvimento, destacando a perspectiva piagetiana, entre outras. Os relatos de docentes e ACDs são compatíveis com a legislação que norteia o desenvolvimento das atividades, no âmbito de Educação Infantil brasileira. Contudo, é fundamental observar que os participantes não mencionaram a relevância de alguns aspectos fundamentais previstos na legislação, como a importância de estabelecer brincadeiras com intencionalidade pedagógica, do planejamento diário na organização do espaço, do tempo, dos materiais e da rotina. Esses resultados levam a crer que possivelmente, seja necessário atribuir maior ênfase a temas como esses, nos cursos de formação de educadores atualmente.