Primeiras crônicas machadianas: a representação do escravo no Diário do Rio de Janeiro (1864-1865)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Amaral, Mirella Cordeiro do [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150241
Resumo: Este estudo examina a representação da escravidão em quatro crônicas da série Ao acaso (1864-1865), de Machado de Assis, publicadas no Diário do Rio de Janeiro. Como fundamentação teórica, o presente estudo utiliza o conceito de “representação” de Roger Chartier (1990), de acordo com o qual percebemos o mundo de formas múltiplas, forjadas por acontecimentos históricos, por um conjunto de interesses e de atores sociais. A História Cultural olha para essas práticas cotidianas para entender como os indivíduos e as instituições dão sentido aos discursos históricos. Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa é compreender a relação entre crônica machadiana e mundo social, bem como de que forma essa mediação realizada pelo narrador-cronista alcançará os leitores. Busca-se também verificar como estas representações da escravidão dialogam com as outras formas textuais citadas na crônica machadiana, uma vez que os textos compartilham do mesmo espaço midiático (Thérenty 2007; Granja 2010). Além do mais, essa pesquisa procura examinar, a partir do que diz Thérenty (2007), o estado ambíguo entre ficção e narrativa do fato real coexistente nas crônicas e como suas fronteiras porosas geram trocas entre as várias rubricas dos textos dos periódicos. Desse modo, a hipótese sob investigação, portanto, é que o estudo das implicações do conceito de representação da escravidão nessas crônicas machadianas, e a análise dos diálogos entre as demais rubricas do jornal, podem ajudar a explicaras conexões de historicidade e aproximação entre processos artísticos e culturais nesse espaço midiático.