Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Schneider, Claércio Ivan [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103140
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Resumo: |
Compreender e analisar aspectos da sensibilidade e da subjetividade trágicas em Machado de Assis na representação da sociedade brasileira do final do século XIX é objetivo desta tese. Priorizou-se, para tanto, a seleção e a análise das crônicas “maduras” de Machado de Assis, publicadas nas séries “Bons dias!” [1888-89] e “A Semana” [1892-93], na Gazeta de Notícias. Olhiagudo, o cronista registra o cotidiano de seu tempo, ponderando criticamente sobre uma variedade de fatos e de assuntos, a maioria deles ligados aos acontecimentos divulgados nos jornais. Com a pena da melancolia e o sentimento do desencanto, Machado manifesta descrença para com o projeto de modernidade articulado pela oficialidade com a intenção de colocar o Brasil nos trilhos do progresso. Ciente do artificialismo que caracterizava esta ideologia no meio brasileiro – articulada pela elite desde a abolição mas implementada definitivamente com a República – o olhar trágico-histórico machadiano desnuda as máscaras e questiona os homens por suas imoralidades, perversidades e falsidades promovidas em nome da ciência e do progresso. Dos fatos mais grandiosos aos acontecimentos mais triviais desse contexto, o que interessa ao cronista é quebrar as aparências e instaurar a dúvida, mostrando aos leitores as contradições e as ambigüidades da modernidade à brasileira: trôpega, torta e excludente, exatamente porque pautada na perpetuação das imoralidades, em discursos falsos, na política do favor e em projetos irrealizáveis. Minúcias de uma tragédia carnavalizada. |