Relação entre a força muscular e a constante da curvatura da relação torque-duração do exercício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bassan, Natália de Menezes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/166346
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar a relação da quantidade de trabalho acima do torque crítico (W’) com a força muscular, a partir da análise do efeito do treinamento unilateral de curta duração, influência da dominância e do nível de força. Participaram deste estudo indivíduos do gênero masculino com idades entre 20 e 35 anos que realizaram os seguintes procedimentos, em dias diferentes: 1) Familiarização ao dinamômetro isocinético, mensuração da espessura muscular (EM), eco intensidade (ECO) e antropometria ; 2) realização das medidas ultrassonográficas (EM e ECO), teste de contrações isométricas máximas para determinação da contração voluntária máxima (CVM) e um teste de contrações isométricas intermitentes, no modo all-out, para determinação do impulso acima do torque final (ITF), o qual representa o W’ e do torque final (TF), que representa o torque crítico, dos músculos extensores de joelho (EJ), ambos os testes foram realizados com a EMG de superfície no músculo vasto lateral (VL) para a análise da EMG e root mean square (RMS); 3) Foram realizados os mesmos testes do ítem 2 após 72 h após da última sessão de treinamento. O grupo de treinamento (GT) realizou um programa de treino de força de alta intensidade somente no membro dominante (MD) para os EJ com 2 sessões semanais de treinamento durante 3 semanas. O grupo controle (GC) não realizou o programa de treinamento. Antes e após o período de treinamento foram realizados os mesmos testes do item 2. Todos os testes foram realizados em dias diferentes com 72 h de recuperação entre um teste e outro no mesmo horário do dia (± 2 h) e em ordem randômica. O efeito do grupo, tempo e dominância na CVM, ITF, TF, iEMG, RMS, EM e ECO foi analisado pela Anova Three Way, complementada pelo teste de Bonferroni. A correlação entre a CVM e o ITF foi realizada por meio do teste de correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05. Dessa maneira a CVM aumentou de maneira similar no MD e MND do GT. No GC não houve mudança significante para o MD e MND. A CVMpico mensurada durante o teste de all-out apresentou aumento similar no MD e MND do GT na. No GC não houve alteração significante nos valores, porém ao se analisar os valores de CVMmédia durante o allout, houve aumentou de maneira significante somente no MD do GT. Em relação ao ITF, ocorreu aumento significante somente no MD do GT, após o treinamento. Já para o TF não houve observada nenhuma alteração. A RMS e iEMG apresentou aumento similar no MD e no MND para o GT. Na EM ocorreu aumento significante apenas no MD do GT, enquanto a ECO não sofreu alteração em nenhum membro e grupo. Não foi observada mudança significante no GC para nenhuma variável. Foi encontrada correlação significante entre a CVM e o ITF antes do treinamento em ambos os membros. No GT antes do treinamento foi verificada correlação significante somente no MND, entretanto após o treinamento só no MD foi possível observar correlação. A variação da CVM e do ITF no membro dominante, antes e após o período de treinamento, no grupo treinado, não demonstrou correlação significante, porém foi observada correlação entre CVM e o ITF nos grupos com maior e menor nível de força muscular. Dessa maneira, sugere-se que o W’ parece sofrer influência somente de aspectos neurais relacionados ao membro treinado e ao tamanho do músculo, dado que foi encontrado correlações significativas entre a CVM e o ITF, no MD e MND e em indivíduos com diferentes níveis de força, sugerindo que quem possuir um maior nível de força também tem grande quantidade de ITF. Porém, faz-se necessária a realização de mais estudos para saber quais são os fatores e suas magnitudes que influenciam no W’.