Adicionar exercícios de senso de posicionamento articular tem efeito na incapacidade, dor e propriocepção de pacientes com dor crônica no ombro? Ensaio controlado randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Buccioli, Ana Luiza Bernardino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-25092024-131517/
Resumo: Introdução: A literatura demonstra evidências incertas sobre a eficácia dos exercícios proprioceptivos em pacientes com dor no ombro. Objetivo: avaliar se a adição de exercícios de senso de posicionamento articular em um programa de exercícios de fortalecimento resulta em maiores benefícios no nível de dor e incapacidade no ombro, intensidade de dor, na propriocepção, na força muscular do ombro, na cinesiofobia, auto-eficácia e catastrofização da dor. Métodos: Ensaio clínico controlado randomizado incluindo setenta pacientes com dor no ombro alocados aleatoriamente para o grupo controle (n = 35; exercícios convencionais de fortalecimento muscular) e o grupo intervenção (n = 35; fortalecimento convencional mais exercícios de senso de posicionamento articular). Ambos os grupos realizaram 8 semanas de tratamento supervisionado e com orientação domiciliar. O desfecho primário foi a pontuação total no questionário Shoulder Pain and Disability Index (SPADI). Desfechos secundários incluíram: intensidade da dor pela escala numérica de dor, propriocepção (senso de reposicionamento passivo, ativo e cinestesia), força muscular (rotação medial e lateral) avaliados no dinamômetro isocinético, catastrofização, cinestesia e autoeficácia. Resultados: Ambos os protocolos baseados em exercícios, sem diferença entre os grupos, levaram a melhora da dor e incapacidade do ombro (desfecho primário), diminuição da intensidade da dor, melhora da propriocepção, melhora da cinesiofobia, catastrofização e autoeficácia da dor crônica no ombro. Não houve mudança significativa da força muscular de rotadores mediais do ombro em ambos os grupos, assim como houve diminuição da força de rotadores laterais ao longo do tempo, mas sem diferença entre os grupos. Conclusão: A adição de exercícios de senso de posicionamento articular ao protocolo de exercícios de fortalecimento do ombro não proporcionou melhora adicional do nível de dor e incapacidade no ombro, intensidade de dor e propriocepção em indivíduos com dor no ombro. Além disso, considerar que exercícios de fortalecimento deste complexo articular tem efeito positivo no nível de incapacidade, intensidade de dor e propriocepção do ombro bem como cinesiofobia, catatrofização da dor e auto eficácia da dor crônica.