Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Hirosse, Ariane Rodrigues de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/250452
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Resumo: |
O reconhecimento da Educação Infantil como primeira etapa da educação básica vem possibilitando às creches a superação de uma concepção historicamente assistencialista, demonstrando a sua relevância no desenvolvimento educacional de crianças pequenas. Dessa forma, também passou a garantir a autonomia para a construção coletiva de seus Projetos Político Pedagógicos (PPP), assim, objetivando a verdadeira democratização do ensino. Como ponto de partida para a elaboração/reelaboração do PPP, temos na autoavaliação um instrumento formativo importantíssimo de diagnóstico e de reflexão coletiva, capaz de indicar os caminhos que a escola pode seguir em busca da melhoria de sua qualidade. Apesar do conceito de qualidade depender de um contexto histórico-cultural, a legislação brasileira e os documentos orientadores nacionais possuem parâmetros em que podemos basear as avaliações institucionais. A qualidade adotada por esses documentos é entendida como um conjunto de características e requisitos necessários para que a Educação Infantil possibilite o desenvolvimento integral de crianças até 5 anos de idade, em que as práticas considerem os direitos destas e a relação entre o cuidado e a aprendizagem. Tendo em vista a necessidade urgente de verificar a qualidade do atendimento em creches, esta pesquisa teve como objetivo investigar um processo de autoavaliação da qualidade do atendimento de uma creche em uma cidade do interior do estado de São Paulo. A metodologia se deu por uma abordagem qualitativa, realizada por meio da pesquisa participante e do estudo de caso, com uso de entrevistas semiestruturadas com oito membros da equipe pedagógica e quatro encontros de discussão coletiva, com a participação de trinta e uma professoras, para realização da discussão e avaliação dos indicadores do instrumento “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana” (SÃO PAULO, 2016). As entrevistas e os encontros foram registrados com auxílio de diário de campo e gravador. Os dados colhidos nas duas etapas foram sistematizados e analisados à luz do referencial bibliográfico pertinente. Como resultado, percebemos que o PPP da instituição pesquisada consiste em um documento burocrático, que não serve como apoio para o planejamento pedagógico e, tampouco foi construído de forma coletiva. Quanto à autoavaliação, as entrevistadas declararam não saber como avaliar a qualidade do atendimento que oferecem e, também, demonstraram grande dificuldade em conceituar essa qualidade. Os encontros de discussão explicitaram a falta de debate democrático, de momentos de reflexão coletiva e espaços de troca, bem como uma visão limitada sobre bebês e crianças, como sendo seres incapazes e sem autonomia. |