Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pieroni, Laís Goyos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190741
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Resumo: |
A Biologia engloba conteúdos referentes ao estudo dos organismos vivos, sendo extraordinariamente diversificada. A Botânica, uma das mais fascinantes áreas da Biologia, vem concebendo teorias, propondo conceitos e defendendo formas de pensamento ao longo de sua história. Em nossos dias, o ensino de Botânica tem revelado diversos problemas, tanto nos processos de ensino/aprendizagem quanto pela falta de interesse por este tipo de conteúdo. Os conteúdos de Botânica fazem parte dos currículos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, sendo contemplados nas disciplinas Ciências e Biologia, respectivamente. No que se refere às práticas de sala de aula, observa-se uma forte influência do livro didático nos conteúdos selecionados e nas formas de abordagem. Com o intuito de avançar na discussão sobre o ensino de Botânica no Brasil, esta pesquisa teve como objetivos investigar e discutir aspectos e dimensões desse ensino presentes nas produções acadêmicas (dissertações, teses e artigos científicos) e analisar como o conteúdo de Botânica vem sendo tratado em livros didáticos de Ciências Naturais dos anos finais do ensino fundamental. Efetuou-se um levantamento da produção acadêmica brasileira em ensino de Botânica e uma análise de conteúdo de livros didáticos de Ciências Naturais aprovados pelo PNLD/2014, fundamentada em uma perspectiva freireana de educação. Foi investigado como os conceitos de Botânica são apresentados com relação a aspectos pedagógicos e metodológicos, a fim de identificar elementos que possam contribuir para o processo de ensino e aprendizagem na área e para um ensino de Botânica contextualizado e problematizador. Observamos que a produção acadêmica na área ainda se mostra incipiente, contando com 51 dissertações e teses defendidas entre 1982 e 2017 e 118 publicações em periódicos nacionais (1996 a 2017). Entre as principais tendências focalizadas nas produções analisadas, destacamos: trabalhos com foco no Ensino Médio, na Educação Superior e no Ensino Fundamental II; temáticas voltadas para uma abordagem genérica da Botânica, para o ensino de morfologia, fisiologia e ecologia vegetal, relacionando-os ao estudo da diversidade das plantas. As pesquisas acadêmicas analisadas pouco se apropriaram de uma perspectiva de educação problematizadora, contando com quatro dissertações e teses e apenas três artigos científicos que utilizaram de fato, o referencial freireano. Para a análise de conteúdo dos livros didáticos, selecionamos, a priori, quatro categorias. A saber: A- Diversidade vegetal; B- Anatomia vegetal e morfologia vegetal; C- Fisiologia vegetal; D- Plantas e seus usos. A partir da análise dessas categorias, verificamos aspectos importantes que caracterizaram esse tipo de material didático na perspectiva do ensino de Botânica: presença de um enfoque evolutivo; presença de um enfoque ecológico; presença de uma abordagem histórica, cultural e econômica; presença de textos de leitura complementar e curiosidades; presença de atividades experimentais; presença de atividades de contextualização; excesso de exercícios de memorização. Os resultados sugerem que as pesquisas acadêmicas e as propostas de conteúdos dos livros didáticos devem fornecer subsídios para a prática docente em diferentes níveis de ensino, de maneira que professores e alunos superem a “cegueira botânica”, através da contextualização dos conceitos e das vivências práticas desses conhecimentos. |