O papel da hemoglobina glicada no diagnóstico do pré-diabetes e diabetes mellitus em mulheres com síndrome dos ovários policísticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Melo, Raíssa de Holanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238482
Resumo: Objetivo: Avaliar o papel da hemoglobina glicada (HbA1c) comparado ao teste de tolerância à glicose oral (TTGO) no diagnóstico do pré-diabetes e diabetes mellitus (DM) em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP). Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal. Foram incluídas mulheres com diagnóstico SOP, idade entre 20 a 40 anos, submetidas ao TTGO e a HbA1c para o rastreamento de pré-diabetes e DM. E excluídas aquelas com diagnóstico de diabetes, hiperprolactinemia, doenças da tireoide ou das adrenais, anemia, e usuárias de contracepção hormonal ou corticoide. A partir do prontuário médico eletrônico foram coletados dados clínicos, bioquímicos e ultrassonográficos. As participantes foram classificadas de acordo com os testes diagnósticos como apresentando metabolismo normal à glicose, pré-diabetes ou diabetes. Para análise estatística foram empregados o Teste do Qui-quadrado, ANOVA, Teste de tukey e teste de concordância de Kappa. Resultados: Foram incluídas 154 mulheres com diagnóstico de SOP, média de idade de 28,8 ± 6,2 anos. A anovulação esteve presente em 83,8%, o hirsutismo em 72,3%, obesidade em 63,4%, aumento da circunferência da cintura em 81,4% e síndrome metabólica em 35% das mulheres com SOP. De acordo com os valores de TTGO e HbA1c, 79,2% e 76% das pacientes apresentavam-se dentro da normalidade, 16,8% e 19,5% com pré-diabetes e, 4% e 4,5% com DM respectivamente, sem diferença significativa entre os métodos (p>0.05). Na análise de concordância entre os testes, pelo método de Kappa, encontrou-se valor de 0,41 (IC 95% 0,24-0,58), demonstrando concordância mediana. Considerando o TTGO como padrão ouro versus HbA1c, encontrou-se especificidade de 89,5% e sensibilidade de 85,7% para o diagnóstico de pré-diabetes e especificidade de 100% e sensibilidade de 66,7% para o diagnóstico de DM. Conclusão: A hemoglobina glicada quando comparada ao teste de tolerância à glicose oral apresentou concordância moderada no diagnóstico de pré-diabetes e diabetes mellitus, mas com elevada sensibilidade e especificidade no diagnóstico de pré- diabetes, em mulheres com SOP.