Correlação dos níveis de hemoglobina glicada com o conhecimento e a atitude sobre Diabetes Mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Vivian Santana Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22765
Resumo: O diabetes mellitus é um importante e crescente problema de saúde pública em todo o mundo. O aumento global do número absoluto de pessoas com diabetes tipo 2 é particularmente ameaçador, necessitando administrar esta complexa doença crônica, e as diversas patologias associadas, que acarretam várias complicações e alta morbimortalidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento e a atitude para o diabetes mellitus, correlacionando os níveis de hemoglobina glicada com os escores dos questionários de conhecimento e de atitude sobre diabetes de pacientes diabéticos tipo 2. Para investigar estes desfechos, na presente dissertação é apresentado um artigo original intitulado “Correlação dos níveis de hemoglobina glicada com o conhecimento e a atitude sobre Diabetes Mellitus tipo 2”. Trata- se de um estudo observacional, transversal com duração de noventa dias, conduzido no Centro Estadual de Atenção Especializada, Viçosa, MG. Participaram do estudo 65 portadores de diabetes mellitus tipo 2, adultos e idosos de ambos os sexos. Foram coletados dados do prontuário do paciente a fim de avaliar as variáveis sociodemográficas, clínicas e laboratoriais, sendo então registrado o controle glicêmico por meio da hemoglobina glicada. A avaliação do conhecimento e da atitude para o diabetes mellitus foi realizada pela aplicação do Questionário de Conhecimento sobre Diabetes e do Questionário de Atitude em diabetes, instrumentos validados e traduzidos para o português. As análises estatísticas foram conduzidas utilizando-se o software SPSS (SPSS Inc., Chicago, IL, 2008), versão 20.0. Os resultados apontam que 24,6% (n=16) da população estudada era constituída por homens, e 75,4% (n=49) por mulheres. A idade média foi de 55±12 e 57±12 anos para homens e mulheres, respectivamente, sem diferença estatística entre esse grupo. O IMC foi de 31±6, caracterizando obesidade para 35% da amostra e apenas 34% apresentaram bom controle glicêmico. Para os escores de conhecimento (r=0,005; p=0,966) e de atitude (r=0,034; p=0,790) não houve correlação significante com a HbA1c, sendo que (94%) dos pacientes não atingiram o ponto de corte do ATT-19. Pelo teste de Spearman na correlação entre as variáveis do grupo com pontuação maior que 8 pontos para o escore de conhecimento, foi observada diferença negativa entre este escore e o de atitude. Deste modo, pode-se concluir que o conhecimento e a atitude em relação à doença não traduziram em melhor controle da glicemia, na população estudada. O controle eficiente da HbA1c é multifatorial, envolvendo questões genéticas, comórbidas, comportamentais, medicamentosas, dos serviços de saúde, entre outros, que devem ser considerados na conduta.