Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Menecucci, Fabio Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238849
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Resumo: |
No presente trabalho buscamos investigar os possíveis olhares, aspectos e/ou posturas que relacionem a Educação Financeira (EF) com o que cidadãos-professores-estudantes de pós-graduação em Educação Matemática trazem consigo e expressam ao discutirem algum tema relacionado à EF. Para isso, interrogamos ‘O que se mostra em diálogos de cidadãos-professores-estudantes de pós-graduação em Educação Matemática ao se reunirem para discutir temas correlatos à Educação Financeira?’. Compreender o interrogado nos levou a buscar diferentes pontos de vista sobre a EF. Com isso, nos debruçamos sobre uma concepção ligada à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, que valoriza as riquezas em detrimento das pessoas, e outra que busca uma EF reflexiva, que pense as relações entre sociedade e dinheiro para além do comprar e vender, contemplando também o âmbito social, ambiental, ético, psicológico e político. Além disso, observamos como, ao longo do tempo, a perspectiva da OCDE influenciou o Brasil a elaborar sua estratégia de EF. Defrontados com essa realidade e almejando percorrer nosso fenômeno, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, com análise fenomenológica. Os sujeitos desta pesquisa são estudantes da disciplina de ‘Educação Financeira em uma Perspectiva Crítica’ oferecida de maneira online pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, durante 1º semestre de 2021, e ministrada pelo orientador deste trabalho. Estes alunos, para fins avaliativos, produziram um vídeo com temas correlatos à EF. Ademais, eles foram convidados a gravar os encontros que antecederam a produção dos vídeos, que se destinavam às discussões sobre eles, e, com isso, participar dessa pesquisa. Dessa forma, nossa constituição de dados se deu por meio dos diálogos dos discentes, que se dispuseram a gravar e ceder, de forma voluntária, as discussões realizadas durante o planejamento do vídeo. Nosso olhar, então, incidiu sobre estas falas, o que permitiu que a partir de nosso movimento interpretativo buscássemos compreender o que emerge sobre EF em tais discussões. A partir dos movimentos de análise ideográfica e nomotética, duas categorias despontaram durante nossa investigação, sendo elas: ‘Compreensões sobre relações entre escola, professores e Educação Financeira’ e ‘A ação do Neoliberalismo e da Sociedade de Consumo sobre os indivíduos’. A partir desses pontos, foi possível compreender que a EF é um campo complexo e que, ao envolver aspectos matemáticos e, principalmente, não matemáticos, pode auxiliar o estudante a se compreender no mundo e almejar transformações. Devido seu caráter político, percebemos que há pressões para que os professores não se posicionem quanto ao tema. Além disso, nos discursos dos sujeitos mostrou-se a forma como a sociedade neoliberal e de consumo age sobre as subjetividades dos indivíduos, perpetuando a pobreza e culpabilizando as pessoas, que transformadas em produtos precisam se vender, por suas falhas e infelicidade. Assim, entendemos que nossas categorias nos permitem expor o modo como compreendemos o investigado e nos instigam a almejar uma EF emancipatória. |