Biologia reprodutiva do peixe borboleta Chaetodon striatus (Perciformes: Chaetodontidae) e manutenção em sistema de recirculação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Perez, Isabelle Leite Bayona [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181620
Resumo: Considerando o extrativismo exacerbado de peixes marinhos para suprir a demanda da aquariofilia e a carência de estudos referentes aos aspectos da reprodução do peixe borboleta Chaetodon striatus, o presente estudo teve por objetivo realizar um levantamento pioneiro sobre a biologia reprodutiva desta espécie do Atlântico Sul, bem como obter informações sobre sua criação em cativeiro. Os espécimes foram coletados em duas regiões de Ubatuba-SP: em costões rochosos na praia do Itaguá e na ilha da Rapada. A captura foi realizada através de armadilha do tipo covo e puçás, mensalmente, de março de 2015 a junho de 2017. O período reprodutivo, o comprimento mínimo da atividade reprodutiva de machos e fêmeas, a proporção entre os sexos, a relação peso-comprimento e o fator de condição foram estimados. O desenvolvimento oocitário e testicular, bem como a evolução do tecido gonadal feminino e masculino, foram analisados histologicamente. Exemplares da espécie foram mantidos em tanques de diferentes volumes em um sistema de recirculação de água, sendo ofertados organismos vivos para a alimentação. Também foi realizada a observação dos comportamentos. Os maiores valores de IGS na praia do Itaguá ocorreram em setembro de 2015 e em setembro de 2016, enquanto que na Ilha da rapada ocorreram em maio e novembro de 2016 e junho de 2017, o comprimento mínimo da atividade reprodutiva para machos foi de 11,1 cm e de fêmeas 13,1 cm. Os valores de b da relação peso-comprimento variaram de 2,96 a 3,33 e estão dentro do intervalo esperado. As médias do fator de condição foram superiores para fêmeas, na praia do Itaguá e na primavera. Em C. striatus, o desenvolvimento oocitário e espermático seguem o padrão de Teleostei. Houve atresia folicular e degeneração de grande parte do epitélio germinativo feminino. Já nos machos, os gametas permanecem morfologicamente viáveis. Para manutenção, recomenda-se tanques a partir de 300 L e os pequenos invertebrados e mexilhões frescos foram bem aceitos na alimentação. Os comportamentos observados “macho toca no abdômen da fêmea” e “natação paralela” estão relacionados ao cortejo de chaetodontídeos. Esses estudos são importantes para uma adequada gestão pesqueira, além de serem dados primordiais para um futuro pacote tecnológico desta espécie.