Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Heguedusch, Carolina Villanova |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215344
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Resumo: |
Nesta tese, realizamos uma pesquisa em deriva na cidade de Barcelona (ES), procurando apreender nela o que chamamos de cidade vivida. Nossa tática principal foi adentrar essa cidade, até, então, completamente desconhecida, por suas bordas, por aquilo que rodeia seus epicentros como resultado de processos de centrifugação que, por um lado, assimilam, depuram e estabilizam determinados elementos que circulam no espaço urbano e, por outro, expulsam os resíduos, as sobras, os rejeitos ou os descartes daquilo que não é assimilável. O olhar para os rastros da cidade, por sua vez, carrega consigo um movimento sem uma direção preestabelecida, sem um alvo definido. É um movimento que escapa à racionalidade que preside as cinesias urbanas e se faz pelo deslocamento, pela deriva, pela errância. Por esses (des)caminhos, pudemos apreender memórias da cidade, seus recados, as multidões que se formam, manifestações da loucura, espaços vazios, abandonados (terrain vague) e acontecimentos comezinhos que irrompem na cidade vivida. A deriva, a princípio, funcionando como ferramenta técnica de investigação de campo, alcança outros tempos da pesquisa e passa a compreender nossa proposta epistemológica. Além disso, enquanto movimento errante, não produz uma experiência de cidade linear, sequencial e totalizadora, mas sim experiências fragmentárias que podem ser arranjadas em diferentes composições de narrativas. Por isso, este texto é resultado de uma montagem feita de fragmentos de textos não lineares e não hierárquicos. A partir de diferentes registros do saber, teorizações e conceitos, narrativas de campo, de filmes e documentário, de notícias, de literatura, de conversas informais, de fotos e imagens. Com isso, compomos junto à heterogeneidade de temporalidades que comumente coexistem no processo do pesquisar, permitindo a continuidade de sua montagem, na qual o leitor, por meio de sua própria deriva por este texto-cidade, possa continuar o processo interminável e indefinido de montagens possíveis. Assim, este texto em fragmentos propõe que estes funcionem fazendo circular outras cidades vividas que coexistem junto a essa que se apresenta a nós. |