Ecologia de um grupo de Micos-leões-pretos (Leontopithecus chrysopygus) em uma Floresta Submontana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Breziski, Mariana Antonia Raquel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258692
Resumo: Os primatas não humanos são amplamente reconhecidos por sua plasticidade comportamental e ecológica, o que permite investigar como se adaptam a diferentes ambientes. No entanto, essa mesma plasticidade não é suficiente para proteger muitas espécies da ameaça de extinção, como é o caso dos micos-leões-pretos (MLPs-Leontopithecus chrysopygus), um pequeno primata que habita as Florestas Semidecíduas do interior do Estado de São Paulo, Brasil. Para poder estudá-los, é necessário que os indivíduos estejam habituados, garantindo assim que a coleta de dados seja confiável. Neste estudo, avaliou-se a ecologia dos MLPs em um ambiente de Floresta Submontana, uma área com características distintas das Florestas Semidecíduas onde a espécie é usualmente encontrada. Primeiramente, registrou-se o processo de habituação de um grupo de MLPs, avaliando-se, ao longo dos meses, as mudanças nas distâncias entre indivíduos e observador, o tipo de resposta dos indivíduos à presença do observador, as variações nas distâncias diárias percorridas pelo grupo e os diferentes comportamentos realizados. Em seguida, foi avaliada a ecologia do grupo, registrando-se a área de uso, as distâncias diárias percorridas, o uso dos estratos e das altitudes, o comportamento, a dieta e as interações interespecíficas com outros primatas. Os resultados mostram que, no contexto da Floresta Submontana, os MLPs levaram cerca de 6 meses para atingir uma habituação completa, um período próximo ao descrito para outros membros da família Callitrichidae. A área de uso foi semelhante à registrada anteriormente para a espécie, assim como o uso das altitudes e dos estratos; no entanto, os percursos diários foram maiores. A dieta foi variável, com diferenças no consumo de frutos entre as estações seca e chuvosa. Frente à presença de indivíduos de outras espécies de primatas, os MLPs geralmente adotaram um comportamento de fuga. A partir desses resultados, discutem-se as variações nos parâmetros observados em comparação ao que é descrito na literatura para a espécie, assim como a importância de conhecer a ecologia da espécie em diferentes tipos de ambientes.