Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Anne Sophie de Almeida e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235015
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Resumo: |
As interações mutualísticas entre frutos carnosos e vertebrados representam a principal estratégia de dispersão das sementes em florestas tropicais. Ao mesmo tempo, com a extinção de frugívoros maiores, pequenos frugívoros que persistem em áreas alteradas, podem ser particularmente importantes na manutenção das interações de dispersão. No entanto, ainda desconhecemos a contribuição de pequenos primatas dispersores em redes ecológicas. Nesta tese, avaliamos o quão redundante ou complementar é o papel desempenhado por um pequeno primata, o mico-leão-preto (MLP) como dispersor em diferentes comunidades, partindo da lista de espécies vegetais dispersadas por eles e compartilhadas com mamíferos e aves simpátricas. Também analisamos as características morfológicas e bioquímicas desses frutos e morfológicas de suas sementes a fim de compreender quais melhor explicariam a dispersão pelos MLPs. Em seguida, comparamos os atributos da dispersão entre três grupos de MLP, em diferentes contextos ambientais, para avaliar até que ponto alterações do habitat influenciam no serviço de dispersão fornecido pela espécie. Por fim, por meio de experimentos de recrutamento vegetal, testamos se dispersão realizada pelos MLPs ocorre de forma não randômica para micro-habitats adequados e previsíveis para uma espécie vegetal, o Inga marginata. Adicionalmente testamos o efeito de uma segunda fase na dispersão, com a simulação da dispersão secundária por besouros coprófagos. Nossos achados revelam que pequenos dispersores generalistas são importantes na manutenção das redes de dispersão, sobretudo em áreas defaunadas, e que em redes mais preservadas, os MLPs exercem um papel mais complementar A maioria dos frutos dispersados pela espécie possuem dispersão compartilhada com outros primatas e aves simpátricas, com síndrome de dispersão ornitocórica. Os padrões comportamentais exibidos pelos MLPs, por sua vez, variam de acordo com a área, sendo que o habitat no qual os grupos se encontram parece modular o tempo de descanso, o tempo e a forma como se movem, o que influencia a distância nas quais as sementes são dispersadas nas áreas. Já a associação MLP-besouros coprófagos potencialmente configura uma dispersão direcionada, na qual a diplocoria exerce um efeito significativo e positivo no recrutamento vegetal. A partir desses resultados discutimos a contribuição da espécie enquanto dispersora para a comunidade vegetal. |