Epidemiologia espacial da dengue em Araraquara, São Paulo, 2008 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Aline Chimello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/149844
Resumo: A dengue é uma doença viral febril transmitida por culicídeos, que atinge milhões de pessoas todos os anos e é considerada um grande problema de saúde pública. A cidade de Araraquara – São Paulo vem apresentando um aumento no número de casos notificados da doença. Programas como Sistemas de Informações Geográficas, análise espacial e regressão espacial têm permitido aos pesquisadores entender a distribuição espacial do vetor e da doença, além de levantar possíveis fatores de risco. O objetivo deste trabalho foi conhecer o histórico da dengue na cidade, descrevendo padrões epidemiológicos e espaciais entre os anos de 2008 e 2015. A associação dos casos com variáveis climáticas e positividade para Aedes aegypti em pontos estratégicos foi estudada. Também foi verificada a ocorrência de aglomerados de casos ao longo dos anos e investigadas as possíveis variáveis explicativas (dentre elas, as varáveis socioeconômicas, demográficas, ambientais) para a incidência de dengue no ano de 2015, a maior epidemia registrada na história da cidade no período estudado. A primeira epidemia registrada foi em 2008 e a partir deste ano a dengue se tornou endêmica na cidade, com casos autóctones ocorrendo em todos os meses do ano. As maiores incidências foram observadas entre os meses de março a maio, um ou dois meses após o aumento da chuva. Dos 15.729 casos notificados entre 2008 e 2015, 46% acometeram pessoas do sexo masculino e 54% do sexo feminino. Pessoas entre 20 e 59 anos foram as mais acometidas. Foram utilizadas diferentes técnicas de análise espacial para detectar dependência espacial e aglomerados de casos de dengue. Foi possível identificar visualmente áreas com maior e menor concentração de eventos, padrões que podem servir de pistas para a identificação de vias para conter a propagação da doença e que possam ser úteis na previsão da ocorrência de dengue. A análise das variáveis associadas à incidência de dengue apontou que áreas com baixo número de responsáveis alfabetizados e maior proporção de crianças nos domicílios estiveram associados com a dengue no ano de 2015. Os resultados mostraram-se adequados para a identificação de áreas de risco e do melhor momento para direcionamento de ações e recursos dos órgãos de saúde responsáveis.