Ecotoxicidade e risco ambiental da mistura dos inseticidas tiametoxam e lambda-cialotrina para bioindicadores aquáticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mercado, Leticia Sales [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260300
https://orcid.org/0000-0002-8768-8703
https://orcid.org/0000-0001-6252-828X
Resumo: Os agrotóxicos, amplamente usados em ambientes agrícolas e urbanos, podem contaminar a água, afetando organismos aquáticos não alvos. Este estudo avaliou a ecotoxicidade e o risco de intoxicação ambiental da mistura dos inseticidas tiametoxam e lambda-cialotrina em organismos aquáticos de diferentes níveis tróficos, como as macrófitas (Lemna minor e Azolla caroliniana), o caramujo (Pomacea canaliculata), o crustáceo (Macrobrachium acanthurus) e os peixes paulistinha (Danio rerio) e mato-grosso (Hyphessobrycon eques). Os ensaios com as macrófitas foram realizados de acordo com os procedimentos descritos no Guideline for testing of chemicals – Lemna minor Growth Inhibition da OECD. Os ensaios de toxicidade aguda para peixes foram realizados conforme a ABNT NBR 15088:2022, que foi adaptada para caramujo e camarão. O software Trimmed Spearman Karber foi utilizado para calcular as concentrações de efeito (CE50;48h) e letalidade (CL50;48h) estimadas. O valor do quociente de risco foi calculado com a Concentração Ambiental Estimada (CAE) e os valores resultantes dos ensaios de ecotoxicológicos de cada organismo. Para as plantas aquáticas L. minor e A. caroliniana a mistura de tiametoxam + lambda-cialotrina foi classificada como praticamente não tóxica e pouco tóxica, com concentração letal 50% (CL50;7d) de 227,63 e 95,21 mg L-1, respectivamente. Para P. canaliculata a mistura foi classificada como moderadamente tóxica, com CL50; 48h de 6,18 mg L-1. Para M. acanthurus a CL50;48h foi de 0,01 mg L-1, sendo classificado como extremamente tóxico. A CL50;48h para os peixes H. eques e D. rerio foi de 0,20 mg L-1, sendo classificada como muito tóxica. O M. acanthurus se mostrou o organismo mais suscetível e com maior probabilidade de sofrer intoxicação ambiental pela exposição à combinação de inseticidas, especialmente em altas doses e em corpos d'água com profundidades de 0,30 m. Além disso, a utilização do camarão como bioindicador revela-se promissora para futuras avaliações da presença desses inseticidas em ecossistemas aquáticos.