Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lara, Juliana Rodrigues [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151824
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Resumo: |
Atualmente, o procedimento mais utilizado para o tratamento das lesões coronarianas é a angioplastia com implante de stent. Embora existam vantagens com esse procedimento, a reestenose continua sendo um dos principais limitadores do sucesso terapêutico. Sabe-se que inflamação, com acúmulo de células mononucleares ativadas, pode contribuir para o desenvolvimento da reestenose. Assim, estratégias para a identificação de biomarcadores de risco e para a redução das taxas de reestenose representam desafios na área da cardiologia intervencionista. Desta forma, o presente estudo teve como objetivos a identificação de possíveis marcadores genéticos de risco (polimorfismo dos genes MMP-2, MMP-3, MMP-9 -1562, MMP-9 Arg 279 Gln, CYP2C19*2, NOS3 e IL-6), bem como a avaliação de eventos moleculares e bioquímicos (lesões oxidativas no DNA, perfil de expressão gênica e de citocinas) que possam estar envolvidos no desenvolvimento da reestenose. Foram avaliados 330 indivíduos, 220 pacientes coronarianos com e sem reestenose após implante de stent e 110 indivíduos controles (sem implante de stent e com obstrução coronariana menor que 20%). Os resultados mostraram aumento significativo de danos no DNA de células do sangue periférico nos pacientes com reestenose intra-stent, mas nenhuma alteração nos níveis plasmáticos de citocinas (IL-1β, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, TNF-α). Com relação aos polimorfismos gênicos, os dados mostraram que o alelo G do gene MMP-9 (Arg279Gln) foi mais frequente nos pacientes coronarianos com reestenose intra-stent. A análise de perfil de genes de células mononucleares do sangue periférico revelou alvos potenciais para inibição da reestenose intra-stent. Com relação aos pacientes com obstrução arterial < 20% (grupo controle) foram 493 (400 hiperexpressos e 93 hipoexpressos) e 21 (6 hiperexpressos e 15 hipoexpressos) transcritos diferencialmente expressos respectivamente em pacientes sem e com reestenose intra-stent. Entre os pacientes com e sem reestenose, foram 243 transcritos diferencialmente expressos (91 hiperexpressos e 152 hipoexpressos). A ontologia genética mostrou que nos pacientes com reestenose dentre os processos biológicos com maior número de genes diferencialmente expressos envolvidos estavam os relacionados ao reparo do DNA, diferenciação de células Tα e β, resposta celular à IL-4, produção de citocinas, regulação da transcrição, regulação do metabolismo lipídico, divisão celular, organização da matriz extracelular, migração de leucócitos, cicatrização de feridas, regulação positiva da angiogênese, coagulação sanguínea, regulação da apoptose de células endoteliais e formação de plaquetas. Concluindo, nossos resultados fornecem base para novas hipóteses e testes para o claro entendimento dos mecanismos de reestenose intra-stent e para novas estratégias de tratamento. |