Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Morais, Guilherme Augusto Louzada Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216585
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Resumo: |
Nesta tese de doutorado, estudamos a trilogia de ficção científica “Jogos vorazes”, de Suzanne Collins, de modo a comprovar a hipótese de que há pontos de contato entre os romances da série e os contos de fadas clássicos. Nosso estudo, que se desenvolve dentro de uma abordagem metodológica fenomenológico-hermenêutica, busca elucidar, por meio de comparações, as aproximações e os distanciamentos entre a obra de Collins e os contos de fadas da tradição, tendo em vista três níveis de interpretação: i) embora romance e conto sejam tipos de prosa diferentes, objetivamos evidenciar a existência de uma aproximação quanto às funções dos personagens (cf. PROPP, 2010), uma vez que os romances de ficção científica aqui analisados e os contos de magia pertencem ao que Marinho (2009) compreende por poéticas do maravilhoso; ii) partindo da ideia de que a intertextualidade, para Samoyault (2008), é a memória que a literatura tem de si mesma, buscamos demonstrar como a trilogia dialoga com “João e Maria”, dos irmãos Grimm, e com as constantes do próprio gênero contos de fadas, recuperando e atualizando, por exemplo, o conceito de ética maniqueísta; iii) por fim, pretendemos evidenciar que a trilogia configura uma leitura revisionista dos contos de magia (cf. MARTINS, 2006; 2015; 2016), apresentando-nos uma ressignificação das figuras femininas (e masculinas) dessas histórias. Enfim, nosso objetivo é examinar como “Jogos vorazes” retorna aos contos de fadas, atualizando-os para o leitor contemporâneo, e quais significados isso acrescenta à interpretação dos romances para comprovar que a trilogia pertence às poéticas do maravilhoso não apenas por apresentar os aspectos formais desse gênero, mas também por dialogar intertextualmente com “João e Maria” e com as constantes dos contos e por ressignificar as personagens femininas tal como encontradas nessas histórias, dando tons feministas ao enredo da série. |