Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Taborda, Noeli Welter |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253160
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Resumo: |
A presente pesquisa teve como objetivo analisar as ações e estratégias do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) na construção dos territórios de luta e resistência a partir do Feminismo Camponês Popular no período Pós-Golpe de 2016 a 2022 no Brasil, entendemos por golpe o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff realizado de forma ilegítima. O processo histórico dos 40 anos de existência revela a coragem do “sair de casa”, se organizar para ir em busca de seus direitos e construir a tão sonhada nova sociedade. A formulação e construção teórica, prática e coletiva do Feminismo Camponês Popular, a partir da história do MMC, sinalizam as bases teóricas metodológicas para a compreensão de uma sociedade capitalista, patriarcal e racista. As ações e estratégias construídas nos diferentes períodos da história do referido Movimento se conformam em territórios de lutas e resistências. Como perguntas norteadoras tem-se: Seria o MMC um território? Como a luta e resistência feminista pode contribuir para a construção de territórios (i)materiais? Os objetivos específicos consideraram: refletir sobre a construção do MMC no Brasil; identificar nos espaços geográficos as teorias feministas que contribuíram para compreender a luta pela libertação das camponesas que possibilitou chegar à elaboração mais recente do Feminismo Camponês Popular no MMC; apresentar ações do MMC que repercutem no território a partir do período Pós-Golpe de 2016. Para a realização desta pesquisa, partiu-se de uma leitura materialista, histórico-dialética da realidade e de uma epistemologia feminista camponesa popular em curso no MMC. A metodologia se baseou na pesquisa militante, com técnicas de entrevistas semiestruturadas e análise bibliográfica e documental em relatórios, redes sociais, fotos, mapas, cartilhas, livros, dissertações e teses de militantes do Movimento, bem como referenciais teóricos sobre Feminismo e Geografia. Como resultado da pesquisa compreende-se por território (i)material as marchas, a luta por direitos, políticas públicas, a agroecologia, os processos de organização, formação e articulação. Essas práticas e ações do MMC são elementos importantes para construir uma territorialidade a partir das camponesas organizadas e em luta. Identificamos, portanto, quatro momentos: Gestação e surgimento do Movimento; Avanços, unificação e consolidação dos Movimentos autônomos no MMC nas décadas de 1990 e 2000; O Feminismo Camponês Popular nos anos 2000; Pós-Golpe ações e resistências a partir de 2016. |