Tromboelastometria (ROTEM) em gatos da raça Maine Coon portadores e não portadores da mutação (A31P) no gene MYBPC3 para miocardiopatia hipertrófica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Assunção, Pedrita Carvalho Ferreira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180649
Resumo: A miocardiopatia hipertrófica é a doença cardíaca mais observada em gatos da raça Maine Coon e está diretamente relacionada à presença de uma mutação (A31P) que ocorre no gene da proteína C miosina ligante (MYBPC3). A doença pode provocar em determinados pacientes quadros secundários graves como o tromboembolismo arterial (TEA). O objetivo do presente trabalho foi avaliar gatos da raça Maine Coon não portadores da mutação A31P no gene MYBPC3 (G1) e portadores da mutação A31P no gene MYBPC3 (G2), por meio do perfil tromboelastométrico. Foram selecionados no estudo 15 gatos pertencentes ao grupo G1 e 15 gatos G2, previamente avaliados para A31P-MYBPC3, tendo como critério de inclusão a presença ou não da mutação e higidez clínica e laboratorial para hemograma e provas de bioquímicas séricas. A coleta das amostras ocorreu em momento único após avaliação ecocardiográfica. A análise estatística foi realizada por meio de análise descritiva dos dados seguida da comparação dos grupos ao nível de 5 % de significância. No presente estudo o perfil pela tromboelastometria (TEM) não identificou diferenças quando comparados os grupos G1 e G2, portanto os animais não demonstraram variações de coagulabilidade. A concentração sérica de albumina foi significativamente menor no G2, mas se manteve dentro dos intervalos de referência para a espécie. No ecocardiograma foi observada alteração no volume diastólico final no G2, indicando a presença de possível disfunção diastólica. O G2 também apresentou diminuição de tempo de coagulação (CT) e aumento de lise máxima (LM), no INTEM em relação aos intervalos de referência para a espécie, porém, o perfil tromboelastométrico não evidenciou alterações de coagulabilidade quando comparados os grupos. Os resultados revelam a importância da associação das alterações do ecocardiograma com exames laboratoriais específicos como a tromboelastometria, especialmente em animais geneticamente predispostos.