Análise in vivo e in vitro dos perfis biológico e toxicológico de moléculas antiplaquetárias e inserção em vetores nanométricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Sathler, Plínio Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11837
Resumo: As doenças cardiovasculares representam a causa mais frequente de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Dentre elas, destacam-se a aterotrombose e o tromboembolismo venoso. Nesse contexto, a agregação plaquetária é um dos principais eventos envolvidos nesses distúrbios trombóticos; por outro lado, os agentes antiplaquetários disponíveis no mercado têm eficácia insatisfatória, o que evidencia a importância da identificação de novos compostos mais eficazes e menos tóxicos, bem como o desenvolvimento de mecanismos e formas de distribuição mais eficientes no organismo. Desta forma, este estudo tem como objetivo caracterizar os perfis a biológico e toxicológico in vivo e in vitro, bem como, de estabilidade após a inserção em vetores nanométricos de novos derivados N-acilhidrazônicos antiplaquetários, comparando-os com o ácido acetilsalicílico. Para análise da atividade antiplaquetária e anticoagulante in vitro utilizamos respectivamente técnicas de agregação plaquetária e ensaios de tempo de tromboplastina parcial ativada (aPTT) e tempo de protrombina (PT). Para avaliação da toxicidade in vitro, realizamos testes de redução de MTT e captação de vermelho neutro em células VERO e ensaios de hemólise. Os perfis antitrombótico e toxicológico in vivo foram determinados utilizando camundongos BALB/c através do ensaio de tromboembolia pulmonar induzido por trombina e de toxicidade utilizando dose terapêutica respectivamente, com análise histopatológica. Para a produção da forma nanométrica do derivado mais promissor, utilizamos técnicas de nanoprecipitação com avaliação da hemocompatibilidade dos constituintes da matriz polimérica e caracterização das nanoparticulas. Na análise da agregação plaquetária induzida por colágeno verificamos que os compostos 2a, 2c e 2e inibiram de maneira significativa a agregação plaquetária, contudo nos ensaios de coagulação observamos que tais compostos não expressam influência nos ensaios de PT e aPTT. De acordo com a análise do perfil antitrombótico in vivo os derivados testados apresentaram significativo grau de proteção contra a mortalidade induzida por tromboembolia. Em relação à avaliação da toxicidade in vitro e in vivo verificamos que os compostos 2c e 2g apresentam menor efeito tóxico com perfil semelhante ao do ácido acetil salicílico. Na análise da hemocompatibilidade dos constituintes da matriz polimérica das nanopartículas (PLGA e Poloxamer), observamos que esses são hemocompatíveis e possuem baixa toxicidade. Através da técnica de nanoprecipitação foi possível nanoencapsular o derivado 2c, com a geração de nanopartículas. De acordo como os resultados apresentados é possível concluir que o composto 2c seria o mais interessante para o desenvolvimento de futuros estudos uma vez que este dispõe da melhor atividade integrada ao perfil toxicológico, permitindo ainda o processo de nanoencapsulamento, com perfil potencial para auxiliar na determinação de novas terapias no tratamento de distúrbios trombóticos