Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
França, Danilo Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214180
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Resumo: |
A Febre Q e a Brucelose são zoonoses que causam febre e outros sinais clínicos sistémicos em humanos, tendo suas ocorrências negligenciadas e o diagnóstico diferencial para algumas doenças desconsiderado. Este estudo visou investigar a soropositividade de Coxiella burnetii e Brucella spp. em pacientes suspeitos de Dengue, atendidos em 38 municípios do Estado de São Paulo, Brasil. As amostras (n=604) foram obtidas por conveniência e pertenciam ao banco de soros do Instituto Adolfo Lutz. Para avaliar a positividade de C. burnetii, os soros foram submetidos à técnica de Imunofluorescência Indireta (IFA) utilizando protocolos de diagnóstico in-house e comerciais. Para avaliar a positividade de Brucella spp., os soros foram submetidos às técnicas de Soroaglutinação Rápida em Placa com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), Soroaglutinação Lenta em Tubos (SAL) e 2-Mercaptoetanol (2-ME). Foram realizadas análises multivariadas a partir dos dados dos casos detectados. Do total, 129 pacientes apresentaram resultados positivos, indicando uma soropositividade de 21,36% (95% CI 18,15-24,85). Os títulos observados (mediana) indicam que os pacientes não estavam apenas expostos ao agente, mas também que haviam desenvolvido a doença. De todas as variáveis analisadas, a duração dos sintomas dos pacientes com Febre Q mostrou uma diferença significativa; com ênfase nos pacientes com 7 a 21 dias de sintomas (p-valor=0,0199). Não foi observada qualquer positividade para a Brucelose. Este estudo é a primeira descoberta significativa de pessoas soropositivas para a Febre Q no Estado de São Paulo e uma das primeiras no Brasil. A Febre Q consolida-se como um importante diagnóstico diferencial de doenças febris na região, reivindicando a atenção do governo e o investimento na saúde. |