Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ronaldo Adriano Alves dos Santos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/257953
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Resumo: |
O presente estudo investiga o processo de criminalização das LGBTfobias no Brasil a partir da experiência concreta de pessoas LGBTQIA+ que acionaram o dispositivo jurídico-legal que criminaliza as condutas e práticas LGBTfóbicas. O estudo, ancorado em uma perspectiva narrativa, aborda as controvérsias que orbitam em torno da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2019, equiparou as LGBTfobias ao crime de racismo. A partir da análise de documentos como o Atlas da Violência e o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, bem como dos dossiês anuais da Associação Nacional de Travestis e Transexuais, evidencia a persistência da violência e da discriminação contra a população LGBTQIA+ no país, com destaque para a vulnerabilidade de jovens, pessoas negras e com identidades femininas. Através da (re)construção das narrativas de pessoas LGBTQIA+ que acionaram o sistema de justiça, o estudo apresenta as complexidades e desafios enfrentados por vítimas de LGBTfobias, incluindo a (in)visibilidade da violência, o despreparo de equipes do sistema de justiça, a morosidade dos processos judiciais e a falta de apoio institucional. Nele também foi possível identificar que a criminalização das LGBTfobias, embora se apresente como um avanço importante para a comunidade LGBTQIA+, esbarra em uma série de empecilhos e obstáculos que vão desde a falta de acesso à informação sobre direitos, passando pelo despreparo dos agentes públicos e chegando à burocratização do sistema de justiça. Aponta, por fim, para a necessidade de políticas públicas que vão além da criminalização, investindo em prevenção, educação, atendimento e apoio às pessoas LGBTQIA+, buscando a construção de uma sociedade justa e igualitária para todas as pessoas, uma sociedade que protege e defende a diversidade sexual e de gêneros como direitos fundamentais. |