Estresse nos morcegos Artibeus obscurus e Artibeus fimbriatus (Chiroptera, Phyllostomidae) como resposta à perturbação ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Colas-Rosas, Paul François [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99511
Resumo: A resposta ao estresse tem uma importante função auxiliadora que permite que os organismos lidem e sobrevivam a ameaças ao seu equilíbrio interno. Entretanto, a ativação crônica da resposta ao estresse, como a causada pela perturbação do ambiente, pode acarretar em diversos efeitos deletérios diminuindo a aptidão dos indivíduos e colocando em risco populações locais das espécies. Investigamos o efeito da perturbação ambiental sobre os morcegos Artibeus obscurus e Artibeus fimbriatus de uma área preservada e de uma área perturbada de Mata Atlântica do Brasil. Indicadores ecológicos e fisiológicos foram utilizados para se verificar a sensibilidade à modificação ambiental, condição corpórea, e a resposta ao estresse entre populações das duas áreas. O índice ecológico de sensibilidade à perturbação, baseado em medidas de abundância, sugere que A. obscurus é mais tolerante a modificações ambientais do que A. fimbriatus (34% e 76%, respectivamente). As análises de índice de condição corpórea (IC) demonstraram que A. obscurus não demonstrou mudança na condição corpórea entre áreas enquanto A. fimbriatus apresentou menores valores de IC na área perturbada do que na preservada. Adicionalmente, os níveis de base e de estresse-induzido do hormônio indicador de estresse (cortisol) não diferiram entre áreas para A. obscurus enquanto que uma marcada diferença foi observada para A. fimbriatus que apresentou níveis de base aproximadamente 52% maiores na área perturbada. Possivelmente, a maior tolerância a perturbação ambiental observada para A. obscurus seja decorrente da capacidade que esta espécie possui em habituar-se hormonalmente ao ambiente perturbado e evitar as conseqüências deletérias do estresse crônico. Por outro lado, a incapacidade de habituação de A. fimbriatus ao ambiente perturbado pode estar ocasionando debilitações...