Ecologia de Streblidae (Diptera: Hippoboscoidea) em Artibeus Leach, 1821 (Chiroptera: Phyllostomidae) em um remanescente de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Patrício, Priscilla Maria Peixoto. lattes
Orientador(a): Famadas, Kátia Maria lattes
Banca de defesa: Bittencourt, Emerson Brum, Nogueira, Marcelo Rodrigues, Pires, Marcus Sandes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11955
Resumo: Os ectoparasitos de morcegos estabelecem com os seus hospedeiros uma forte relação de dependência, principalmente os dípteros streblídeos. Pouco se sabe sobre esta relação ao que concerne aos morcegos do gênero Artibeus. Por este motivo o objeto geral deste trabalho foi avaliar a ecologia de Streblidae nas espécies de Artibeus na região do Tinguá, município de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro. Tendo o primeiro capítulo objetivo de comparar os índices parasitológicos de Streblidae em Artibeus. Para isso foi utilizado os Streblidae que parasitaram quatro espécies de Artibeus, sendo elas Artibeus fimbriatus, A. lituratus, A. planirostris e A. obscurus, depositados em coleção úmida. Os espécimes foram coletados em três áreas da Região do Tinguá sendo elas a Reserva Biológica do Tinguá (Rebio Tinguá) e duas áreas da sua zona de amortecimento. Os streblideos foram identificados através de chaves dicotômicas disponíveis na literatura, através de microscópio estereoscópio. Foram encontradas um total de sete espécies de Streblidae nas quatro espécies de hospedeiro, sendo A. lituratus o hospedeiro com a maior riqueza de espécies de dípteros. Não foram encontradas diferenças entre as abundâncias de Streblidae nas quatro espécies de Artibeus, tendo em A. fimbriatusos maiores índices parasitológicos de Streblidae. Dentre as moscas,Paratrichobius longicrus foi a mais abundante tendo sua maior prevalência e especificidade em A. lituratus. Apenas duas moscas foram encontradas parasitando todas as espécies de Artibeus,Aspidoptera falcata e Megistopoda araneae algumas espécies de Streblidae foram encontradas em associação em um mesmo hospedeiro. A associação mais abundante foi a entre M. aranea e A. phyllostomatis que também foi registrada em todos as espécies de Artibeus. A maior similaridade das abundâncias médias das infracomunidades de Streblidae foi entre A. obscurus e A. planirostris. Conclui-se que há um padrão de parasitismo para cada espécies hospedeiro e que os streblídeos possuem preferência no parasitismo, no entanto na falta do seu hospedeiro preferido outras espécies podem ser utilizadas. O objetivo do segundo capítulo foi de correlacionar a intensidade do parasitismo com tamanho do corpo e da asa (índice corpóreo), sexo, condição reprodutiva e idade e fatores abióticos (temperatura mínima, temperatura média e máxima e umidade relativa das noites de coleta. Para isso foram analisados os dados de tamanho de antebraço, peso, sexo e idade dos hospedeiros e as temperaturas e umidade média das noites de coleta. Quando analisadas as razões sexuais das espécies de Streblidae que parasitaram Artibeus, percebe-se maior abundância de fêmeas, com exceção de A. lituratus. Houve preferência de Streblidae pelas fêmeas de Artibeus. Quando correlacionado a intensidade de Streblidae com o índice corpóreo das espécies de Artibeus e também com os fatores abióticos não foram encontradas relação. O estudo pode contribuir para melhor entender as preferências do ectoparasitos presentes em Artibeus