Entre as sombras da razão e as feridas emocionais: implicações sobre a semiformação como esfera do ressentimento no campo educativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Forner, Amanda [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192508
Resumo: Aprofundando-se nas análises do empobrecimento da razão e na falta de possibilidades do indivíduo em desenvolver uma autorreflexão crítica, Theodor W. Adorno em seus escritos de 1960, intitulado como Teoria da Semiformação, nos apresenta o conceito de formação, que perpassa toda a época iluminista até chegar à contemporaneidade, na qual se transforma em semiformação. Diante das reflexões precedentes, Adorno chama a nossa atenção para um fato psicossocial dinâmico, o fenômeno do ressentimento, que funcionaria como um verniz formativo, tendo como pressuposto o ódio pelo que se mostra diferenciado e, ligado ao declínio da individualidade, intensificaria a incapacidade de autorreflexão, tanto no sentido intelectual quanto no sentido emocional. Assim, diante de tais revelações, alguns anos depois, em seus escritos sobre educação, o filósofo enfatizou a necessidade de elaboração do passado no campo educativo, entendida como compreensão e dissolução desses elementos de frieza subjetiva. Visto como uma tarefa ética o ato de elaborar o passado fundamenta essencialmente os cuidados com a memória pressupondo a autorreflexão crítica. Desse modo entendendo a semiformação como esfera do ressentimento, o declínio do indivíduo como seu principal motivador e as interações entre passado e presente os objetivos do presente estudo é investigar os mecanismos subjetivos do movimento de ressentir-se e, por meio da sua relação com o campo educativo, as possibilidades preventivas contra tal afeto.