Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bosquesi, Gisele de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/149820
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Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo analisar as obras Incidente em Antares, de Érico Veríssimo, e Io e Lui, de Alberto Moravia, no tocante à relação entre o Fantástico e a crítica social, esta entendida como resistência. Compreendemos o conceito de fantasia de modo amplo, como aquele que abarca várias vertentes, e veremos como, nos romances italiano e brasileiro, que foram ambos escritos em 1971, os elementos da fantasia se inserem na alegoria do contexto extraliterário de modo a trazer à interpretação dos textos a noção de violação e questionamento do real, que o Fantástico pressupõe, estendido ao contexto político e social. Enquanto, na obra de Veríssimo, o tema fantástico dos mortos que se levantam corrobora para a denúncia das incongruências do poder durante a Ditadura Civil-Militar brasileira, na obra de Moravia, o tema do duplo será consoante com a crítica aos efeitos desestabilizadores, sobre o indivíduo, do panorama cultural da Itália a partir da década de 1960, período marcado pelos primeiros movimentos populares que anunciaram o arrefecimento da chamada “Era de Ouro” dos países europeus desenvolvidos. As obras italiana e brasileira convergirão, portanto, no modo de apresentar o insólito como elaboração estética de absurdos reais de sua época. |