Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Mayoral, Vânia Ferreira de Sá [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/137882
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Resumo: |
No Brasil atual a maior parte dos profissionais e instituições de saúde ainda se encontram longe de constituírem uma rotina de discussão sobre preferências de cuidados no fim da vida junto a pacientes com prognóstico reservado. Esta corresponde a uma grande lacuna na atenção à saúde em nosso país, a qual frequentemente se associa a sofrimento evitável de pacientes e familiares. Em 1991 nos EUA foi iniciado um programa de discussão de preferências de cuidados no fim da vida denominado POLST (Physician Orders for Life-Sustaining Treatment). Trata-se de um sistema coordenado para evocar, documentar e comunicar as preferências de pacientes/familiares quanto a tratamentos prolongadores da vida para enfermos com expectativa de vida reduzida. Atualmente o POLST representa uma das melhor sucedidas estratégias para a elicitação e documentação de preferências de cuidados no fim da vida naquele país. O objetivo dessa pesquisa foi realizar a Adaptação Transcultural (ATC) do formulário POLST para o contexto brasileiro. A metodologia de ATC baseou-se nas recomendações da International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research. Foram realizadas 3 traduções diretas e independentes do instrumento fonte para o português, as quais passaram por uma reunião de reconciliação de forma a gerar uma versão síntese. Essa versão foi submetida a duas traduções reversas para o inglês e posteriormente foi realizado um teste piloto do formulário com 20 médicos e 10 pacientes. Versões do instrumento foram apresentadas a membros do Comitê Nacional do POLST nos EUA e discutidas com uma especialista em direito e dois especialistas em bioética. Finalmente foi alcançada uma versão do formulário POLST adaptada para o Brasil. Trata-se da primeira ATC desse instrumento para além das fronteiras dos EUA. A ATC desse formulário representa o primeiro passo para sua futura implantação no Brasil, a qual irá demandar sua apresentação ao Conselho Federal de Medicina e a pactuação de seu uso entre diversos atores sociais (ex. Hospitais, Serviços de Urgência Pré-hospitalar e Rede de Atenção Primária à Saúde). Espera-se que no longo prazo o resultado desse trabalho contribua para uma melhor atenção à saúde no fim da vida no Brasil e sirva de estímulo para novos processos de ATC do POLST em outros países. |