Opiniões e atitudes dos médicos frente às ações promocionais da indústria farmacêutica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Fiaschetti, Marco Antonio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96231
Resumo: No contexto do uso racional de medicamentos é preciso atentar para as repercussões sociais e econômicas da prescrição médica, visto que esta é influenciada por múltiplos fatores individuais e condicionantes, dentre os quais as ações de marketing farmacêutico. Sabendo-se que a indústria farmacêutica investe maciçamente na promoção de seus produtos e que estudos sugerem que estas ações influenciam a prescrição médica, este trabalho teve por objetivo analisar a vulnerabilidade dos médicos frente aos propagandistas e oferta de cortesias e amostras grátis pelos laboratórios. Para tanto, questionários foram encaminhados aos médicos de Araraquara (SP) contendo perguntas abertas, de identificação, e fechadas sobre o tema. A análise dos dados incluiu estudo de associação em algumas situações de interesse por meio do teste de qui-quadrado. Os resultados indicaram que os médicos se relacionam com os propagandistas (98%) por os considerarem úteis (55%), mas não como fonte principal de atualização (86%), sendo que a maioria (68%) acredita que a qualidade das informações depende do laboratório e não da marca do produto. Para 62% suas prescrições não são influenciadas por tais relacionamentos, principalmente aqueles com maior tempo de formação, enquanto 24% discordam que os médicos em geral são influenciados, assim como os recém-formados (37%). A maioria também discorda que sejam influenciados pelas cortesias (86%) ou pelas amostras grátis (70%), mas apenas 38% acreditam que os colegas não sejam influenciados pelas amostras. Quanto à ética destes recebimentos, 57% concordaram ser apropriado quando beneficiam os pacientes, mas somente 32% quando para uso pessoal. Ao demonstrar relações entre classe médica e propagandistas, os resultados evidenciam que os médicos são vulneráveis às influências do marketing farmacêutico, sendo necessários...