Utilização de medicamentos no município de Itaguaí-RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Couto, Mônica de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8866
Resumo: O Sistema Único de Saúde está baseado no direito ao acesso da população a todos os níveis de atenção e inclui a assistência farmacêutica. Dentre as atividades envolvidas na assistência farmacêutica, destaca-se a utilização de medicamentos, que compreende a prescrição, a dispensação e o uso. O objetivo deste estudo foi investigar a utilização de medicamentos no município de Itaguaí-RJ. A presente proposta é um estudo descritivo com abordagem qualiquantitativa, baseada no cálculo de indicadores de prescrição sugeridos pela Organização Mundial de Saúde e entrevistas com os farmacêuticos, através de questionário semiestruturado. Foram analisadas 300 prescrições, 11 farmacêuticos distribuídos em 10 UBS foram entrevistados, no período de julho a agosto de 2017. A média do número de medicamentos prescritos por receita foi 2,7. O percentual de medicamentos prescritos que constavam na lista de medicamentos essenciais do município foi em média 83,5%. O percentual de medicamentos prescritos pela denominação genérica foi em média 75,8% e que tinha pelo menos um antiinfeccioso prescrito, foi de 21,3 %. Nenhuma das prescrições estava em concordância com as normais legais vigentes. Em mais de 90% das prescrições não havia forma farmacêutica, 60% não continham duração de tratamento, 47% não apresentavam dose, em 10,0% havia ausência de identificação do prescritor e 9% não apresentavam data de emissão. Quanto à entrevista aos farmacêuticos, ao serem perguntados sobre o conceito de utilização, apenas dois profissionais mencionaram a relação entre prescrição, dispensação e o uso de medicamentos. O estudo apontou que os indicadores de prescrição, média do número de medicamentos prescritos por receita; porcentagem de medicamentos prescritos pela DCB; porcentagem de prescrições que tinham pelo menos um antiinfeccioso, preconizados pela OMS, não foram satisfatórios. A porcentagem de prescrições completas em relação aos aspectos legais obrigatórios também não estavam em conformidade. A utilização de medicamentos no município em questão apresenta falhas significativas na etapa de prescrição, o que pode levar erros na terapia. Foi possível identificar que farmacêuticos envolvidos no cuidado não reconhecem as etapas da utilização de medicamentos e suas implicações para o URM. São necessárias intervenções no sentido de qualificar a assistência farmacêutica. Como produto deste projeto, buscou-se traçar recomendações acerca da utilização de medicamentos de modo a orientar a tomada de decisão do gestor