Protagonismo juvenil e educação da juventude no ensino médio brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pereira, Kathiuscia Aparecida Freitas [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/96345
Resumo: O presente trabalho objetiva verificar contradições e ambigüidades na definição do protagonismo juvenil e o uso desse conceito forma de adaptação dos jovens à excludente ordem social capitalista atual. As diretrizes educacionais, como a Reforma do Ensino Médio, explicitam o culto ao Protagonismo como via promissora para dar conta tanto de uma urgência social quanto das angústias pessoais dos jovens, de forma a transferir a responsabilidade de superação de tais questões aos próprios jovens, por esforços individuais, potencialização da resiliência e realização de ações sociais solidárias. Nessa perspectiva, o conceito adquire um valor político-ideológico voltado para a despolitização da juventude em relação às causas macro sociais da pobreza. A conceituação de Protagonismo Juvenil é um grande desafio para a produção científica, visto as divergências e ambigüidades que o permeiam, tais como perspectivas diferenciadas de cidadania, participação, responsabilidade social, entre outras. A metodologia do trabalho consiste em pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, com uso de questionários e grupos de diálogos, compostos por alunos do ensino médio de uma escola do município de Umuarama-PR. Sua análise revelou que ambigüidades conceituais, sendo que os jovens em muitas falas associam o protagonismo juvenil à ações de caráter social e voluntário. No entanto, revela, também, a expressão de uma busca de autonomia e a necessidade de ser concebido como sujeito social. O resultado desta pesquisa sugere que o protagonismo juvenil seja desvelado pelos pesquisadores de forma crítica, principalmente no que se refere à sua ambiguidade conceitual.